quarta-feira, dezembro 03, 2008

cozinha

Lava o arroz.
Amassa alho e cebola.
Põe azeite na panela.
Deixa esquentar.
Coloca o alho e a cebola.
Mexe um pouco.
Espera dourar.
Põe o arroz.
Coloca sal.
Mexe.
Espera um pouco.
Coloca água.
Tampa a panela.


Pronto. Liberdade até a hora em que a água secar.

...

Minutos depois, ruídos na cozinha.

Mas o que diabos...?

Tampa levantada.
Água fervendo.
E escorrendo pelos lados da panela.
E caindo no fogão.
Droga!
Erro de principiante: arroz não pode ser completamente abafado!!!
Ajeita a tampa: arroz precisa desabafar.
Senão, fica uma bela sujeira pra limpar depois.

Enquanto volta pro sofá, pensa:
Preciso de terapia...estou vendo metáfora em tudo...

sábado, novembro 08, 2008

rosie thomas

Enquanto as gravadoras não conseguiram tirar o Pandora do ar (para qualquer lugar fora dos States), aproveitei bastante...
Lá conheci Vienna Teng, Tori Amos, Susan Tedeschi...

E Rosie Thomas!


Pretty Dress

"Put your pretty dress on
It's time for you to go to the dance

Tie your hair in red buns and lace

And wear pearls around your neck


And all the pretty princes will see you

All the pretty princes will see you

Someday, someday


Put your red boots on
It's time for you to walk home from school

Everyone will laugh, pointing fingers at you

They'll be cruel

But cover up your ears and don't say anything

'Cause you're much better than them


Someday, someday
And they'll wave to you

And they'll wave to you


Put your red coat on and walk with the light in the woods

If it gets dark don't get scared

There's so much waiting for you

Cover up your ears and don't show them

'Cause you're much better than them


Someday, someday

and they'll wave to you

and they'll wave to you

and we'll wave to you


Cause they don't see you like I see you

If they did they'd see that nice little girls grow up

To become homecoming queens


Put your red dress on
Put your red boots on

And they'll wave to you

And they'll wave to you

And we'll wave to you

And we'll wave to you


Put your pretty dress on
Put your red boots on

Put your red coat on"


A letra é linda...
A melodia idem...

Virou música-tema de uma noite muito especial: ainda que o ciclo não tenha tecnicamente terminado (pendências técnicas para completar), ontem foi uma bela festa de despedida =)

Sorrisos, fotos, música...
Ótimas companhias...
E lembranças pra levar por muito tempo...

epílogo

Sobre o dia que poderia ter sido o mais importante da vida:


De volta à sala de Projeto...

Ou melhor...de volta à pilha de livros, resumos, esquemas...

Que venham os próximos! =)

domingo, outubro 05, 2008

erro no base (broffice) - error in script line file

Ontem. Um belo sábado. Depois de curtir noite de sexta com amigos, música e coca-cola, vamos a um dia de produção.
Consigo deixar a preguiça de lado e gasto toda a tarde/noite alimentando um banco de dados, em vez de simplesmente digitar tudo no editor de planilha e depois aplicar tabelas dinâmicas para sumarização.
E eis que hoje, manhã de domingo de sol, quando vou concluir meu trabalho (rapidamente, para curtir o restante do dia), o Base resolve me pregar uma peça:
Desespero. Pânico. Ódio.
...

Lá vamos nós procurar uma solução.

A primeira, obviedade das obviedades, reinstalar o BrOffice.
Duvido da efetividade, já que a conexão não pode ser feita porque há uma constraint duplicada no script. Não é problema do programa. É um erro no arquivo.

A segunda opção, achada milagrosamente nesta única referência em português que achei, é editar o arquivo "script".
Explico: os arquivos odf ("odb", "ods", etc) na verdade são um composto de arquivos. Dá pra ver isto quando se abre um deles com um compactador (Winzip, Winrar, 7-Zip, etc). Esta é a estrutura "real" de um arquivo odb:
Dentro da pasta "database", há um arquivo "script", que contém todas as instruções DDL (Data Definition Language) e DCL (Data Constraint Language), para criação das tabelas e definição das "constraints" (chaves primárias e estrangeiras). O problema, no meu caso, estava exatamente neste arquivo. Bastaria ir até a linha 14 e modificar "SK_FK_01" para "SK_PK_01" e assim, retirar a duplicidade.
Minha seqüência das ações seria:

- Copiar o arquivo original e deixá-lo a salvo
- Modificar a extensão da cópia para ".rar"
- Abrir com Winrar
- Extrair todos os arquivos para uma nova pasta
- Editar o arquivo "script", retirando a duplicidade
- Compactar tudo de novo
- Mudar a extensão para "odb"

Até aí, tudo tranqüilo?
Estaria...se o BrOffice compreendesse que o arquivo que eu modifiquei continuava sendo um banco de dados...
Quando eu salvava com a extensão ".rar", ele abria com o Writer, e solicitava parâmetros para conversão dos arquivos (pena eu não ter a tela aqui para mostrar...). Quando usava ".zip", ele até compreendia que não se tratava de um mero arquivo texto: abria uma tela com diversas opções de filtro. A mais próxima era "Banco de dados do OpenOffice 1.0", mas ainda assim, o arquivo não abria corretamente.
Já pensando no tempo que levaria pra fazer tudo de novo, lembrei do 7-zip, um compactador open-source que uso no trabalho. Não sou fã da interface dele, mas pensei que ele poderia se entender melhor com o Base do que as soluções proprietárias.
Baixo, instalo...
E já vem a primeira vantagem: posso abrir o odb, abrir o arquivo "script" e já editá-lo diretamente, sem necessidade de extrair primeiro, como é no Winrar/Winzip. Faço isto. Mas para funcionar foi necessária uma gambiarra: os arquivos da pasta database não têm extensão. Só que o Notepad exige uma, e se você não coloca nenhuma, lá vai o ".txt". E daí o Base não entende. E tudo continua sem funcionar.

Para resolver, usei ".lll" (pode ser qualquer coisa) como extensão e salvei numa pasta qualquer.Depois, foi só retirar a extensão.
Com o arquivo .odb aberto no 7-zip, foi só selecionar o novo arquivo "script" e colocá-lo na pasta. O programa só pede que você confirme a inserção do novo arquivo. A substituição é feita sem maiores problemas (não consegui fazer isto no winrar...)

Depois de toda esta briga, finalmente abrir o banco e começar o trabalho do dia...

terça-feira, setembro 09, 2008

Nos últimos dias, tantas coisas...

Gargalhei...
Chorei...
Quis matar...
Quis morrer...
depois achei que tudo não passava de besteira e voltei ao normal.

Fiz boa ação.
E má ação também...droga...a gente supera...

Conversas longas...
Estudos longos também...
Direitos, Data Warehouse, Psicologia...

Encontrei gente boa...
Reencontrei gente boa...

Músicas...
Coldplay, Teatro Mágico, Raul Seixas...

Uma pausa nas crises existenciais..
Algum tempo dedicado às questões da vida prática...

E agora perto do dia que pode ser o mais importante da minha vida.
Até agora, claro...
Misto de ansiedade, medo, expectativa, tensão...
(Praticamente uma noiva...)

Bons fluidos..
Pensamentos positivos...
E venha o que vier!

quinta-feira, junho 12, 2008

SPOOOOOOOOOOOOOOOORT!


Não sou fã de futebol.
Mas sou nordestina!
E pernambucana!!
E torcedora do Sport!!!!

Viva o Leãaaaaaaoo!!!!

Detalhe para o comentário insistente: "O gramado não ajuda..." Ora pois: o Sport tem mais de 70% da posse de bola e a culpa é do gramado!!!!!
Sou mais o comentário do Carlinhos Bala: "O Corinthians não veio pra jogar: veio aqui pra bater"

E nós batemos eles!!!!! =D

sábado, maio 31, 2008

De Arnaldo Jabor:

"De um lado, São Paulo e a complexa experiência de Estado industrializado, rico e privatista. De outro, a voz dos grotões, onde o estado ainda é o provedor dos vassalos famintos".

Não preciso explicar porque não suporto esse cara.
E também não preciso dizer que o Jornal Nacional de quarta-feira fez parecer que a CSS (reencarnação da CPMF) é o fim do mundo. Com direito a texto ensaiado na abertura e tudo. Como se os preços tivessem baixado com o fim da CPMF. Como se a maioria do povo brasileiro pagasse CPMF. E o cúmulo é ouvir o presidente da FIESP (que com certeza não vive de salário) inventar trocadilhos com o nome do imposto. Queria ver se fosse da empresa dele que tirassem 40 bilhões de reais, como é que ele ficaria. Falar que é preciso reduzir os gastos é moleza...
Não, não comemorei o fim da CPMF...pelo contrário, fiquei revoltada como nunca, por ver comentários absolutamente políticos e desconexos da realidade na hora de justificar o voto pelo fim do imposto.
Não vejo ninguém querendo reduzir ICMS, por exemplo...Por que será?

sexta-feira, maio 02, 2008

tori amos

"...So you found a girl
Who thinks really deep thougts
What's so amazing about really deep thoughts
Boy you best praya that I bleed real soon
How's that thought for you

I said sometimes I hear my voice
And it's been here
Silent all these years

Years go by
Will I still be waiting
For somebody else to understand?
Years go by
If I'm stripped of my beauty
And the orange clouds raining in my hand
Years go by
Will I choke on my tears
'Til finally there is nothing left?"

Silent All These Years

desabafo + ou - político

<>

Não é do meu feitio escrever sobre convicções políticas. Até porque, assim como religião e futebol, é um assunto de consenso impossível. Mas depois de receber o enésimo email sobre o fato de o nosso atual presidente não possuir formação acadêmica, a paciência esgotou.

As pessoas têm a péssima mania de não refletir sobre as convicções que estão por trás de brincadeiras "inocentes". Já recebi piadas de todos os tipos. As mais inocentes se referem a erros de concordância (freqüentes nos discursos presidenciais) ou frases inusitadas, cheias das expressões populares que tantas vezes utilizamos. As piores tentam associar a (falta de) qualidade de nossa educação à formação do presidente. Já vi o nome do Lula ser utilizado até por profissional com doutorado que não consegue emprego ("ah, não consigo emprego, mas o que se pode esperar num país em que o presidente é analfabeto"). Não podia esperar silogismo pior.

Quando as pessoas fazem piada/comentário deste último tipo estão dizendo, ocultamente que a educação formal é o mais importante, que a vida, as experiências e dificuldades não substituem um diploma e que o sucesso alcançado por quem não seguiu o caminho tradicional de formação é inválido. E até errado, vergonhoso, etc. Engraçado como muitos falam isso sem acreditarem de verdade. Se não acreditam, porque continuam propagando este tipo de coisa? Não, isto não é besteira.

Para começo de conversa, normalmente as pessoas que não têm grande educação formal são as que mais a valorizam. Nessa valorização tem muito de intenção concreta (conseguir um bom emprego, um salário digno, etc), mas também de muito daquele desejo que nos acomete quando vemos algo que não tivemos. Então, nada mais idiota do que achar que o presidente não valorizaria a educação. Em boa gíria: "Fala séééério!".

Quanto a não ser capacitado para governar um país, eu pergunto: um diploma, seja de graduação, mestrado, doutorado, pós-doc, capacita um cidadão a ser presidente? Você, que com certeza já tem algum diploma na mão, se sente preparado para ser presidente? Ou mesmo vereador? Será que esta crítica não é um pouco de: "sou muito melhor que ele e não estou onde ele está"? Se a resposta é sim, é hora de se inspirar no Fiat Palio e rever seus conceitos =)

A educação formal é importante, não há o que de discutir quanto a este ponto. Mas ela não substitui outras qualidades, estas difíceis de se obter: habilidade de negociação, relacionamento, perseverança (perder 3 eleições é dureza...) e outras tantas. Lula possui estas características. Se não tivesse, não teria conseguido ajudar a mudar o rumo da organização sindical do país, representando 100 mil metalúrgicos em negociações com empregadores.

Os erros que ele cometeu, as inúmeras "crises" (algumas reais, outras nem tanto) podem ser atribuídos a diversos motivos: desconhecimento, maus assessores, até desonestidade. Mas nunca a sua falta de uma graduação. Se assim fosse, o presidente anterior (sociólogo, com honoris causa da Universidade de Coimbra) teria uma conduta impecável. Quem tem alguma memória bem sabe que não foi exatamente assim...

Então não venham me dizer que a situação atual é culpa do presidente atual. E também não venham me dizer que ele é um analfabeto incapaz. Se fosse assim não teria chegado onde chegou. O que não se quer enxergar é que algumas pessoas possuem características preciosas, que estão acima de qualquer banco de escola ou de universidade. O que não se engole é que uma pessoa possa obter sucesso sem seguir o padrão da sociedade. O que não se engole é que um discurso presidencial possa ser entendido por pessoas humildes e despertar risos na platéia. É simples? É rude? É cru? Sim, é. E daí?

Ver um cara humilde chegar no mais alto emprego público do país têm efeitos diversos sobre as pessoas. Noto que pra uma pessoa humilde, mas com auto-estima elevada, isto tem efeito estimulante. Se a auto-estima, a visão de si mesmo for negativa, vemos resistência. Talvez porque deixe muito claro que não é o diploma que diferencia o sucesso ou insucesso.

Não vejo como o fim da educação o presidente que temos. Pelo contrário: é um indício de que nossa educação precisa melhorar muito, para chegar no ponto em que nossos acadêmicos tenham o brilhantismo de comunicação, persistência e conciliação que ele tem.

Mas aí eu me penso que talvez não seja preciso criar novas escolas ou faculdades. Porque já existem professoras para estas matérias.

São a d. Dificuldade e a d. Vida.

< / modo conciliador e tranquilo ON>

domingo, abril 27, 2008

responda rápido

Quantos sagitarianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Resposta: O sol está brilhando, está cedo, nós temos a vida inteira pela frente, e você está preocupado em trocar uma lâmpada estúpida?
É..essa sou eu =)

necessidade

A sósingularidade traz dias bons e ruins.
Não tive um dia bom.
Preciso de um pouco de flaneûr...

sábado, abril 26, 2008

você é humano?

Agora responda quais letras têm um gato junto delas.
(Daqui a pouco nem os humanos vão conseguir resolver os captchas...)
captchas - testes para diferenciar humanos de computadores. Freqüentemente utilizados em salas de bate-papo, formulários de cadastro ou de download. Mais sobre captchas


segunda-feira, abril 21, 2008

fractais da realidade

No final das contas, todos os conflitos, guerras, discussões, acabam versando sobre os mesmos pontos. Afinal, somos todos humanos e lá no cerne da questão, estão as perguntas básicas, estudadas desde o início do pensamento: "o que é a verdade?", "o que é o certo e o errado?", "qual é a natureza do homem?". No final das contas, estamos sempre em busca de alimento, proteção, segurança, companhia.

Num tempo de ócio produtivo ontem, me veio o pensamento de que todas as situações cotidianas que vivemos são pedaços de fractal. Explico: meu conhecimento sobre o assunto tende a zero, mas o que me fez associar foi o fato de que os fractais, ainda que em minúsculas frações, conservam em cada unidade a representação idêntica do corpo original.

Em cada atitude está presente toda a nossa complexidade. Não percebemos que em conversas cotidianas estamos confrontando visões de mundo, questões complexas. Quando dizemos: "ah, isto é absolutamente errado" e outro responde: "não, isto é correto segundo a cultura dele(a)" parece que estamos a debater meras opiniões. Na verdade, estamos falando sobre relativismo cultural, assunto que embora seja quase sempre colocado como verdade pelo senso comum (e defendido por pessoas esclarecidas) está longe de ser ponto pacífico no meio das Ciências Sociais.

O caso é que para adquirir conhecimento e exercitar a reflexão não é preciso ir aos grandes conflitos da História. Na discussão com seu vizinho estão os mesmos ingredientes que compuseram aqueles conflitos. Em menor escala, claro. Para ser maduro, não é preciso passar por experiências terríveis. A base do amor romântico pode ser aprendida com a amizade. A naturalidade pode ser aprendida observando a natureza. A conciliação pode ser aprendida em discussões com a família. É claro que este será um conhecimento prévio, mas absolutamente valioso. Quantos de nós passam a vida ansiando por experiências incríveis, sem nos prepararmos para elas, quando as lições já poderiam ter sido aprendidas no dia-a-dia?

Nossa tendência é achar que os princípios só se aplicam aos grandes problemas. É fácil dizer que todas as pessoas são boas. Também é fácil dizer que "fulano não me faz falta, não me faz diferença". Difícil é perceber a gigantesca contradição entre as duas frases. Fácil é dizer que não julgamos pela aparência. Difícil é procurar explicações positivas ou neutras para uma atitude que nos prejudicou.

Para aprender, basta termos olhos atentos, mentes questionadoras e uma sede insaciável por conhecimento. Não acreditar na primeira idéia, não procurar "a minha" verdade, martelar cada pensamento e não achar que estamos construindo o conhecimento do zero: na maioria das vezes, o caminho é se apoiar no ombro de gigantes. Dos verdadeiros gigantes.

verdade absoluta

Sabe porque não acredito que tudo é relativo? Porque nossa tendência é pensar que a verdade absoluta é uma frase sem exceções, do tipo "Matar é errado". Mas isto não é correto. A verdade absoluta é composta da declaração geral e de todos os seus aperfeiçoamentos, as suas ressalvas, as suas exceções. E aí ela se torna absoluta.
A nossa tarefa é fazer esta lapidação.

resumo de viagem

Fiz trancinha.
Gravei a harmonia na pele.
Coloquei tornozeleira.
Já que não como camarão, me tornei um.
Dancei ao som da batucada.
Troquei a fitinha.
(re)Descobri a minha área do coração.
Tive noites surreais.
E atitudes surreais também.
Conversei até altas horas.
Chorei, ri, gritei, me exaltei.
Andei, andei, andei.
E quando já estava cansada, andei mais um pouco.

Dormir? A gente dorme em casa =)

sábado, março 22, 2008

frase solta


Uma frase solta, surgida do nada.
Que trouxe no seu ponto final um pedido irresistível de continuação.

A chuva não cessava.
E mesmo que o fizesse não traria diferença: as coisas não seriam as mesmas. Nunca mais.
Estranho que este pensamento só tenha lhe ocorrido agora: enquanto ouve a água que teima em correr pelo telhado, enquanto se encolhe no sofá para escapar do frio, enquanto tenta pôr em ordem os cacos que restaram da devastação de sua vida.
O sol faz com que se caminhe sem pensar.
A falta dele obriga a refletir. Mas que triste: não há conclusões.
Amanhã é um novo dia. Um presente, diriam alguns.
Presentes inúteis para uma velha criatura, que já não fica feliz em abrir os olhos e ver que continua no mesmo lugar.
No mesmo mundo.
Sempre.
Ainda.

terça-feira, março 04, 2008

Mãe: O que você está fazendo aí sozinha, abandonada, deitada no chão?
Eu: ?!?!
Mãe: Tô falando com a gata!

segunda-feira, março 03, 2008

poeta anônimo do Malawi

Eu tinha fome e vocês fundaram um clube humanitário
para discutir a minha fome.
Agradeço-lhes.

Eu estava na prisão
e vocês foram à igreja
rezar pela minha libertação.
Agradeço-lhes.

Eu estava nu
e vocês examinaram seriamente
as conseqüências de minha nudez.
Agradeço-lhes.

Eu estava doente
e vocês se ajoelharam
e agradeceram a Deus o dom da saúde.
Agradeço-lhes.

Eu não tinha casa
e vocês pregaram sobre o amor de Deus.
Vocês pareciam tão piedosos,
tão perto de Deus!

Mas eu continuo com fome
continuo só, nu, doente,
prisioneiro.
E tenho frio,
sem casa.

domingo, março 02, 2008

problemas

Maldita seja Lady Murphy! Se algo pode dar errado, acredite: vai dar!

Estava eu, feliz por ter feito pequenas e necessárias alterações no blog, me preparando para ir dormir quando tenho a infeliz idéia de adicionar uma nova barra de busca. O Blogger me sugere experimentar seu novo editor de layout. Aceito.
Resultado: estragou o layout do blog!!!!
E ainda por cima, não me ofereceu o indispensável botão "redo" para voltar à configuração anterior.
De maneira que a barra de título está sendo cortada, as cores dos links estão mudadas e se no Firefox a situação está ruim, no Internet Explorer (como sempre) está ainda pior.
É tarde demais para editar CSS.
Vou dormir.
Se me der a louca, amanhã mudo de vez esse layout...

(consciência para alek: "maldita preguiça essa sua - não poderia simplesmente adicionar essa barra na mão? Tinha que usar editor bonitinho mas ordinário?!?!? De que valeram as aulas de programação web??? Bem feito!!!")

crise de poderes, crise da tapioca, crise, crise, crise...

Depois de ver o que a grande mídia anda fazendo, fico intimamente feliz por ter mudado de rumo e ido para uma área em que os problemas podem ser resolvidos consultando um fórum, perdendo noites de sono ou simplesmente reiniciando (na verdade, não é tão simples, mas continuemos).
Depois de assistir repórteres comentando a crise institucional, crise de Poderes, que está ocorrendo no país, fico pensando que ninguém nesse lugar abençoado-por-Deus-e-bonito-por-natureza discute planos, soluções, estratégias. Só neste ano já tivemos a "epidemia" de febre amarela (onde morreu mais gente por reação à vacina do que pela doença propriamente), o escândalo dos cartões corporativos (quando, p.ex., o governo de São Paulo gastou muito mais do que o Governo Federal inclusive pagando despesas em casas noturnas, mais caras do que uma tapioca), o apagão elétrico (que com as chuvas ficou adiado pra o ano que vem), e agora, graças a um "comentário" do Ministro Marco Aurélio Melo, a "crise dos Poderes" (digo "comentário", porque segundo PHA o comentário nunca existiu). Estamos apenas em março.
Quando é que vamos discutir educação, saúde, software livre, etc????

Respondo: existem núcleos discutindo, talvez até encontrando e implementando soluções.
Mas notícia boa não vende jornal.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

quadrinho imitando a vida

Em honra e glória de todas as vezes em que nós, garotas de computação, passamos pela gafe de dizer, em alto e bom som, no meio de não-nerds: eu adoro fazer programas!

Extraído de Nerdson não vai à escola

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

para descontrair


Extraído de Tiras do Edi

frase do dia

"Por isso que eu digo:
ou a gente acorda
ou a gente não acorda mais"


Frase dita por apresentador de telejornal, enquanto comentava protestos de moradores da Vila Brejal, em Maceió

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

saldo do dia

Aprendi os fundamentos de licitação.
E li até o artigo 16 da lei 8666/93.
Fiz os exercícios sobre Poderes Administrativos.
E acho que entendi a diferença entre poder de polícia e poder regulamentar.

Comprovei a positiva influência de um ônibus vazio no final do dia.
Desencantei-me ainda mais com a política alagoana.
Decorei toda a letra de "Entre a Cruz e a Espada".
Achei um ebook de uma escritora querida: Florbela Espanca.

Recomendo ler "as tiras de edi"

Já passei da hora de dormir.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

by nietzsche


Não querer magoar, não querer prejudicar ninguém pode ser sinal tanto de um caráter justo como de um caráter medroso.
A diferença é sutil e requer atenção para ser percebida.
Mas a maioria escolhe sempre a segunda opção como julgamento.

oração

Que eu consiga estar quebrada, mas feliz
Que eu seja pobre, mas agradável
Que eu seja baixinha, mas saudável
Que mesmo cansada, eu consiga trabalhar
E que nunca deixe de acreditar que as coisas vão dar certo

Que eu possa agir como bêbada, mesmo sóbria
Que eu possa me preocupar, mas sem esquentar muito a cabeça
Que eu consiga ser dura, forte, mas sempre doce, amigável...

Que eu possa sorrir, mesmo triste

Que acredite sempre na mudança
Que sempre mantenha a esperança de receber algo de bom
Mesmo daqueles que até hoje só mostraram seu lado ruim

Que eu continue acreditando que depois de dias difíceis
às vezes vêm dias ainda mais difíceis,
outras vezes vêm uns menos difíceis,
e em algumas ocasiões, somos agraciados com dia cheio de facilidades.

Amém.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

post 101

Mal tinha reparado que o post anterior foi o centésimo. Mas de qualquer maneira, colocar Alanis no 100º foi uma boa escolha.
Comecei este blog mais por vontade de falar do que de ser ouvida. Desde criança me acostumei a traduzir sentimentos, angústias, pensamentos bobos para a linguagem escrita. Por isto que de vez em quando saem até posts bastante tolos: coisinhas-à-toa, mas que dá vontade de registrar. Outras vezes, fica aqui o fruto de observação, reflexão...estes normalmente tem cozimento lento, elaboração complicada, e por vezes um nascimento difícil. Por isto mesmo são ainda mais especiais.
Mas o objetivo está sendo alcançado. E para que continue assim, escrevo para falar de minha saudade de um amigo que está longe e que me faz muita falta em dias como este: dia em que não tenho carona pra pegar depois da aula porque simplesmente não tem mais aula. Então não tem ônibus pra esperar e aí não tem conversa enquanto esperamos.
E aí não tem relato desesperado e exaltado de como é difícil não ver as coisas saírem como se espera, de como é difícil não sentir energia em si mesma pra mudar o caminho. E sentir como se, por mais que se esforce, nunca vai agir do jeito certo, sempre vai ficar aquém. Perceber que, infelizmente, por mais que seus olhos enxerguem bem, é quase impossível abrir a mente de outras pessoas. E então reclamar, mesmo sem resultado, que a vida é complicada, quando poderia ser tão mais simples.
E aí ouvir, no tom simples e meio angustiado de quem não pode fazer nada, que vai dar tudo certo. Que no fim, tudo dá certo.
É tão difícil ser estável. É tão difícil conhecer as regras e seguí-las, quando o normal é não fazê-lo. É tão difícil diferenciar o que é essência e o que não é.

Hoje foi um dia difícil.

*Para Léo: ainda tem paciência no teu estoque pra mim? =) Prometo te responder em breve, moço...

learn - lesson by alanis

You live, you learn - vive
You love, you learn - ama
You cry, you learn - chora
You lose, you learn - perde
You bleed, you learn - sangra
You scream, you learn - grita

You grieve, you learn - aflige
You choke, you learn - sufoca
You laugh, you learn - ri
You choose, you learn - escolhe
You pray, you learn - reza
You ask, you learn - pergunta
You live, you learn - vive
Aprender.
Tenho que lembrar que é isto que estou fazendo, mesmo quando parece que o dia se encerrou sem conclusões. Mesmo quando sinto minha mente absolutamente esgotada, espremida até a última gota. Mesmo quando me sinto sem energias para mudar o rumo. Ou para melhorar o caminho em que estou agora.

terça-feira, janeiro 29, 2008

minha rede social

Minha memória é péssima.
Digo, minha memória de curto prazo é péssima.
Todas as tarefas secundárias, telefonemas, recados, coisas a fazer, têm que estar num pedaço de papel, mesmo que minúsculo e quase ilegível. Já dizia o provérbio chinês que a tinta mais fraca é melhor do que a melhor memória. Imagina se comparar com a minha.
O caso é que este problema de memória acaba me trazendo problemas na gestão dos relacionamentos. Acabo perdendo contato com pessoas que são especiais para mim, esqueço de dar pelo menos um telefonema no dia do aniversário e coisas deste tipo.
O Orkut já me ajuda um bocado nisto, mas ainda não é suficiente. Ele não me diz que, na correria do dia-a-dia, estou há 2 semanas sem falar com minha melhor amiga. Também não me permite adicionar comentários sobre as pessoas que conheço, muito úteis na hora de retomar um contato ou refrescar a memória.
O que eu queria era que eu pudesse listar em minha rede social até aquelas pessoas que não fazem parte dela, que estão guardadas na agenda ou na minha maravilhosa memória de longo prazo. E aí eu recebesse alertas dizendo: "já faz 3 meses que você não liga para fulano", "se a data de entrada na faculdade que você informou é correta, sicrano está prestes a se formar" e coisas assim.
Além disto, para aqueles que estivessem cadastrados na rede, eu poderia saber de todos os assuntos pelos quais eles se interessam. E aí, com o auxílio de um minúsculo gadget, quando eu estivesse lendo matéria do interesse de alguém, eu receberia este alerta, e com um clique mandaria aquela notícia, link de vídeo ou foto para aquela pessoa.
Eu quero uma aplicação assim.
Alguém conhece algo parecido?
Alguém se habilita a desenvolver?

:-D