segunda-feira, setembro 15, 2014

Sobre violência doméstica


Imaginava que agora estaria com uma série de slides pronta para apresentação. Mas como sou apaixonada por temas como feminismo, questões de gênero, empoderamento da mulher, violência doméstica e afins, não pude deixar passar uma notícia que vi.

No meio dos posts aleatórios (ou nem tanto) do Facebook me deparei com um texto sobre a esposa de um jogador de futebol americano que foi agredida até ficar desacordada, Janay Palmer. O nome do agressor é Ray Rice (mais sobre isto). E sim, ela tinha decidido continuar com ele.

No texto, a repórter aprofundava a discussão sobre violência doméstica, indo além do manjado (e nocivo) "Por que ela não vai embora? Por que ela fica?". Ao final, indica o vídeo abaixo, da Leslie Morgan, que é dos mais esclarecedores que já vi sobre violência doméstica. E, sim, esta mulher alta, loira, palestrante do TED, formada em Harvard, já teve arma apontada para cabeça inúmeras vezes. Pelo cara que ela amava.



A verdade que ela expõe brilhantemente é que o agressor não chega um dia simplesmente e diz: "olha, sou violento e vou fazer da sua vida um inferno". O primeiro estágio é da sedução, do encantamento. Como a Leslie explica, ele adora tudo o que você faz. Admira todas as suas características, suas conquistas. Quer saber tudo a seu respeito. Expõe os traumas que possui (e que vão servir mais tarde de justificativa para as más atitudes), conta segredos. E te faz pensar que você está no controle do relacionamento.

Depois começa o isolamento: no caso dela, envolveu uma mudança de casa, motivada pelo "sentimento de segurança e confiança que ele possuía por estar comigo". Que belo, não? Outras vezes, o processo de isolamento é mais sutil.

E finalmente, a violência. Tipicamente ela é precedida de intimidação, ameaça, Coisas como exibir força, contar histórias de brigas em que já se envolveu (e ganhou), portar armas carregadas. Depois, "às vias de fato".

Então, por que ela não vai embora? Aí vem a frase que achei mais chocante neste vídeo: "Eu não me via como uma mulher agredida. Eu me via como uma mulher forte, que tinha um relacionamento com um homem profundamente perturbado, e eu era a única que podia compreender e ajudar".

A auto-imagem tem tudo a ver com a falta de reação. E esta imagem de força por vezes é reforçada pelo próprio agressor: no caso do jogador, que mencionei no começo, ele publicamente elogiou a esposa, dizendo que ela era uma "mulher forte". Entende como isto fecha o ciclo?

Alie-se a isto a visão deturpada que se expõe de que "amor é sacrifício", "quem ama tudo suporta", que legitima agressões, abuso e sofrimento: temos, então, um prato cheio para ficar.

Ah, e quando finalmente acontece algo tão drástico que tira a pessoa da fase de negação e ela acorda, vem o problema: é perigoso deixar um agressor. Disso eu não sabia: a maioria dos assassinatos de violência doméstica ocorrem quando a vítima vai embora. Afinal, o agressor não tem mais o que perder.

Se você está passando por isto, um recado:

Minha amiga, amor não cura ninguém. E eu sei que é bem provável que você o ame. Mas o que cura (e olhe lá), é medicação e terapia. Ou esquece-se cura, e vamos apenas à cadeia.
Você não super-poderes, e nem a obrigação de salvar ninguém. Você está num relacionamento, e isto não pode ser um fardo, um sofrimento, um sacrifício. Duas pessoas devem estar juntas para enaltecer o que há de bom nelas. Jamais para despertarem apenas seu lado mais negro. E por que falo isso? Porque para quebrar o ciclo da violência é preciso ter em mente, de forma muito clara, o que se espera de um relacionamento. É preciso retomar a perspectiva de como as coisas realmente deviam ser.
Em algum momento você pensou que era culpa sua: se você não tivesse falado isto ou aquilo, se não tivesse se atrasado, se não tivesse vestido aquela roupa...Esqueça! Livre-se deste sentimento. A culpa não é sua. Nenhuma atitude sua pode justificar a violência. Você tenta se controlar na esperança de que as coisas não se repitam. Aqui vai a má notícia: vai se repetir, porque o problema não é com você.
Pessoas não-violentas podem ter atitudes drásticas e descontroladas: gritar, chorar, bater porta, jogar coisas no chão. Ok. Machucar outro ser é outra história.
A vergonha acompanha as vítimas de violência, especialmente aquelas que não se enquadram no estereótipo idiota que se tem da mulher agredida: pobre, sem instrução, dependente financeiramente. Como o vídeo mostra,  a violência doméstica não tem cara, não tem cor, não tem endereço. É preciso vencer esta barreira, quebrar o silêncio, e falar. Procure ajuda.
A esperança existe. Há um luz no túnel dos desesperados. E você merece ser feliz.

domingo, junho 22, 2014

Itens para uma tarde feliz

Ouvir U2.
Ter um livro na frente.
Planos na cabeça.
Uma amiga para compartilhar.
Um amor para recordar.
Um quarto alaranjado.
E uma chuvinha fraca lá fora.

Feliz.
Nesse exato momento, não há nenhum outro lugar onde eu quisesse estar.

segunda-feira, abril 01, 2013

Uma oração


Apenas uma.
Com um pedido.
Um só:

Que eu nunca me acovarde.
Que eu nunca me conforme.
Que eu nunca me acostume com menos do que sonhei.
Que eu nunca perca a coragem de recomeçar.
Que eu não deixe de destruir aquilo que está errado pelo medo de ver um terreno vazio.
Que o vazio seja estimulante, e nunca assustador.
Que a garra, a força, a sede e a fome nunca acabem.
Que não haja uma cadeia capaz de me conter.
Que eu siga em frente, mesmo gritando, mesmo chorando, mesmo sangrando.
Que a fé nunca deixe de me mover para além.
Que a esperança seja a força para alcançar o melhor em mim, nos outros e na vida.
Que eu nunca acredite que as coisas serão daquele jeito para sempre.
Que eu nunca duvide da capacidade de mudar.
Que na vida sempre haja luzes para iluminar, anjos para proteger e novos rumos para seguir.
Que o sorriso nunca falte.
Que os instintos não falhem.
Que a alegria não cesse.
Que eu seja uma morta ainda viva, em lembranças, histórias, recordações.
Em vez de ser uma viva que anda pelo mundo sem saber que já morreu.



Best of you - Foo Fighters

quinta-feira, maio 31, 2012

resumo...

Quase um ano depois da última postagem, à moda de Polivox, da Adriana Calcanhoto, juntemos um grupo de palavras não-tão-aleatórias assim, para tentar resumir o que passou:

Loop, romance, lutas, Rock in Rio, amigos, Coldplay, System of a Down, Shakira, pochete, Lenny Kravitz, Titãs, Cidade Negra, stress, aliança, mudança, Carnaval, Olinda, Monobloco, Patusco, maracatu, São Paulo, primas, tia, presentes, Foo Fighters, Priscila, amigos, stress, Habemus Papam, mudança, Japaratinga, Los Hermanos, Pàul McCartney, Porto Calvo, apartamento, Paris.

Para os próximos dias:

Unha, cabelo, maquiagem, madrinha.
Aquecimento, ensaio, cantar.
Conversar, rir, festejar.
Dormir, dormir, dormir.
Voltar.

terça-feira, maio 10, 2011

o depois...


Quem for cético, frio, essencialmente racional, etc... está dispensado de ler este post. Aviso que ele é excessivamente açucarado, o que pode causar picos de glicose em pessoas sensíveis...


Bono diz:

"Você pode aprender sobre política, cultura, mas a sua vida emocional também tem que se desenvolver. Eu acho que em alguns sentidos a minha não estava se desenvolvendo, e eu estava atravessando todo tipo de incertezas.
Eu era pelo menos duas pessoas: a pessoa que é extremamente responsável, protetora e leal e o meu eu vagabundo e preguiçoso queria apenas fugir dessa responsabilidade.
Eu achava que essas tensões iam me destruir, mas atualmente, verdadeiramente falando, esse sou eu.
Essa tensão foi embora, e foi o que me fez um verdadeiro artista.
O lugar que se deve estar é bem no meio de toda essa contradição. E era onde eu estava.
Leal, mas na minha imaginação cheio de vontade de viajar, um coração para conhecer Deus, uma cabeça para conhecer o mundo, uma estrela do rock que gosta de loucuras e um pecador que tem consciência que precisa se arrepender. "

(livro U2 by U2 - tradução livre by Ultraviolet)


Começo a ter esperanças...


U2 3X (3º show - 13/04)

Com o 3º show foi engraçado: ganhei, mas para levar tive que suar. Mas é claro que valeu, afinal, assistir U2 mais uma vez compensa todo o esforço, acaba com todo o estresse que uma pessoa possa acumular em uma vida e eu não paguei nada.
E ainda sou uma batata muito jovem...

Sabe a promoção da TAM Viagens? É, surpresa das surpresas, ganhei! E aí, resolvi fazer um outro fã do U2 feliz - meu irmão caçula, Gustavo. Por ele, eu li regulamento de promoção, escrevi emails, fiz reservas sem a mínima certeza de conseguir e aperriei (no limite da educação, claro) duas funcionárias com ligações e mais ligações...

Qual o problema? O primeiro em relação ao embarque do acompanhante, resolvido aos 45min do 2º tempo. O segundo, uma reserva de hotel que não havia...
Mas os problemas foram resolvidos (obrigada Cinthia e Mari, onde quer que estejam), e lá fomos nós.

Desta vez perdemos o Muse, mas chegamos em tempo de garantir bom lugar na pista.
Para mim, o perfeito foi conhecer uma galera de São Paulo e trocar figurinhas sobre o esforço de conseguir ingresso, ver a cara de feliz do meu mano e, claro, ouvir "Hold me, Thrill me..." de novo!!!! =D E de volta ao hotel, conversas em trio até 3h da manhã com uma curitibana muito divertida.

E obrigada Cabral, Rosana e Mari pelo apoio técnico, ortográfico, jurídico e moral! =D

U2 - 3X (2º show - 10/04)

Segundo show, dia de ir com Mariana, Marcão & cia.

Enquanto Marcão & cia preferiram ficar mais atrás na pista (onde eu havia ficado no primeiro show), Mariana e eu decidimos ir ao infinito e além: ou seja, a grade da pista! E por incrível que pareça, mesmo tendo entrado no estado depois das 17h30, conseguimos! =)

E lá, entre xenofobia, criatura intocável e botafoguenses, nos instalamos. Contamos com a bondade de uma criatura incrível de nome Marcos, que gentilmente nos permitiu ficar em posição privilegiada, ou seja, na frente de pessoas muito, muito altas. Mari e eu, com nossos míseros 1,60 jamais esqueceremos tamanho presente!

Mari viu o Muse da grade literamente falando! Viu, gritou, cantou. Se chorou, não percebi. Eu estava muito concentrada em registrar...
E no u2 os papéis se inverteram: foi a minha vez de surtar e a dela de eternizar...

As pernas ainda estavam se recuperando do dia anterior, mas não tiveram trégua: pulei músicas inteiras, gritei até ficar sem voz e pisei tanto no pé de um botafoguense-fã-que-nem-eu que até desisti de pedir desculpas (fizemos um acordo que eu falaria de uma vez só no final..rss..).

No dia anterior eu tinha visto mais a estrutura do palco, o telão que impressiona, etc. Neste dia, foi a hora de ver OS CARAS: Edge andando tranqüilo na passarela com a guitarra, quase um passeio no parque....Bono fingindo se jogar para a platéia...Às vezes eu simplesmente ficava pulando para não perdê-los de vista: eu tinha que ver para assimilar a idéia de que estavam ali, perto, tocando ao vivo as músicas que eu não enjoava de ouvir...

Ao final, mais cansaço, mais dor nas pernas, e o sorriso tinha virado gargalhada! Estava tão "ligada" que mesmo de regata em SP, mais de meia-noite, eu não sentia frio algum.

Mas descer da van foi tarefa difícil. Eu não tinha pernas. Tinha algo que doía.

U2 - 3X (1º show - 09/04)

E haja expectativa! Rosana, Cabral, Mariana e eu num clima de ansiedade, felicidade, euforia que não tem descrição.
Nós, que queríamos comida japonesa, acabamos nos contentando com McDonalds, afinal a cada hora passada o estádio estaria mais cheio e nós, mais longe da banda. Depois, um taxista estressado e trânsito, muito trânsito. Alguns minutos de caminhada, nos despedimos de Mariana (cadeira azul) e lá fomos nós para a bilheteria: um quinto integrante estava para chegar. Vindo direto de Salvador, na correria, de última hora.
Depois de um tempo de espera, risadas e "Olha o degrau! Proibido entrar com garrafa d'água, latinha de cerveja, camiseta do Fiuk, calça do Restart e cabelo do Fresno!", nos reunimos e entramos.
Qual não foi a nossa surpresa!!! Esperávamos estar a uma enoooorme distância do palco, e logo ao descer a rampa, lá está ela: a ARANHA! Impressionante. Indescritível. Magnífica.
Show do Muse: impecável. Entendi o porquê de a Mariana ser fã. Os caras são bons.
E depois...
ELES. Eu não conseguia parar de gritar, afinal, era um sonho realizado. Parecíamos crianças americanas de filme na manhã de Natal..rss..
E tudo o que eles prometeram, cumpriram: repertório impecável, energia, emoção. Quase surtei quando ouvi os acordes iniciais de "Hold me, Thrill me, Kiss me, Kill me", afinal, é uma das minhas músicas favoritas e ao vivo ela tem um peso, uma força que..hmmm...desisto, não dá para explicar.
Saldo? Cansaço, sono, mas um sorriso que teimava em não sair do rosto...

U2 - 3X (prólogo)

Em 2006 eu já era uma pessoa com emprego, mas ainda sem grana, então a minha opção foi assistir a turnê Vertigo pela Globo. Pulando, cantando, me emocionando ao ver "Coexist" sendo exibida no palco, mas em casa. Torci e rezei para que todos os anjos do Amém passassem ao meu lado quando disse que na próxima eu estaria lá.

Em 2011, conseguir os ingressos foi um milagre. Mesmo. Com direito a angústia, orações fortes e uma paz de espírito inexplicável. A paz era o meu sinal: eu ia conseguir. E lá, no primeiro dia da venda aberta para o dia 10/04, pouco depois das 23h, estava eu com ingressos de pista comprados! Nada de ver o show na arquibancada amarela, eu ia estar no meio da galera.

E aí, para não bater o mesmo arrependimento do show do Coldplay ("poxa, devia ter comprado ingresso pra ver em São Paulo!"), começou a batalha pelo segundo ingresso, para o dia 09/04. Afinal, ver os caras duas vezes e poder curtir um show com Cabral e Rosana seria tudo de bom.

Procurando nos subúrbios da net, eis que acho o concurso cultural Tam. Oras, por que não participar? Fiquei eufórica com a idéia, milhares de possibilidades fervilhando, e mãos à obra. A primeira dica saiu bem escrita, o restante eu mandei só para a mente sossegar e eu conseguir dormir.

Eis que uma amiga de Rosana desiste de ir. Fiquei triste por ela, mas muito feliz por mim: de cara, 2º ingresso e hospedagem resolvidos! E eu feliz, feliz, feliz!

review são paulo

Masp (vi mas não entrei), Livraria Cultura (vi, entrei, babei, comprei!), Ibirapuera (não vi), Monsteiro de São Bento (vi), 25 de Março (vi e comprei!), Oscar Freire (não vi), José Paulino (vi mas não comprei), Paulista (vi, andei, corri, curti), Teatro Municipal (vi mas não entrei - reforma), Catedral da Sé (vi e FIQUEI SEM PALAVRAS), U2 parte I (vi, GRITEI, cantei, pulei), Pinacoteca do Estado (não vi), Museu da Língua Portuguesa (não vi), Benedito Calixto (não vi), Mercado Municipal (não vi), U2 parte II (vi-gritei-pulei-cantei AINDA MAIS! - valeu Marcos!), primas (vi, curti, conversei, ri, amei!), madrinha (idem anterior), tios (idem anterior), amigos (idem anterior)...

E de quebra, U2 PARTE III com Gustavo! Foi sofrido, a TAM Viagens não me deu folga nem na hora do show, mas valeu muuuuuito a pena!!! =D
+ Memorial da América Latina
+ Caldinho do Bau

quarta-feira, março 30, 2011

roteiro

Masp, Livraria Cultura, Ibirapuera, Monsteiro de São Bento, 25 de Março, Oscar Freire, José Paulino, Paulista, Teatro Municipal, Catedral da Sé, U2 parte I, Pinacoteca do Estado, Museu da Língua Portuguesa, Benedito Calixto, Mercado Municipal, U2 parte II, primas, madrinha, tios, amigos...

Prazo: 13 dias
Será que dá?

stuck in a moment but I can get out of it!


Minha consciência aprendeu a cantar esta semana...



"Eu nunca achei que você era idiota. Mas, querida, olhe para você! Você tem que se levantar, ser capaz de carregar seu próprio peso. Estas lágrimas não estão indo para lugar algum!"


Depois de um sermão destes, eu tinha que me animar.

palavra proferida é flecha lançada: já era

Paciência não é uma das minhas virtudes.
Pelo menos, não ainda.
É complicado agir na incerteza...tão complicado mudar de idéia..."is it too late"?
A vontade de ser direta é quase incontrolável.
Só não sei se estou pronta para a resposta.

É. Um dia eu aprendo a ficar de boca fechada.
Eu falo demais.

quinta-feira, março 24, 2011

mudança de planos

Há 2 horas o plano era se exercitar.
E agora cá estou eu, ainda sedentária, ouvindo sem parar "Canta, Canta mais", do Tom Jobim (uma lembrança bem distante, a música era trilha de "Éramos Seis"). No coração, uma miscelânia. Tem paz, saudade, tristeza, desapego, angústia...

Às vezes a minha inconstância me cansa.

2011 - jan/março

Finalmente tive um reveillón tranqüilo: nada de estresse pra pegar taxi, ônibus, engarrafamento...Era apenas 22h30 e eu já estava na praia, pronta pra saudar o novo ano.
E começar o ano com amigos e samba, não tem preço. Até deu pra esquecer a angústia de não encontrá-los no meio de um ambiente estranho, de detonar o cabelo no dia 30/12, etc... E para completar, uma conversa absolutamente surreal com duas criaturas muito, muito especiais.

Fevereiro foi o mês da torre de papel. A missão? Construir uma réplica da Torre de Belém (Portugal) usando técnica de papercraft. Muitas reuniões, discussões e 2 protótipos depois, missão cumprida! Lição aprendida: paciência.
E para relaxar da missão Torre, a saída foi sambar na chuva pra comemorar o aniversário da Bibi. Cantar até amanhecer, falar de interfaces gráficas no meio da festa, sujar até a canela de lama, teve de tudo. Por isto foi tão bom.

E depois, carnaval em Recife. A combinação Galo + Olinda + Recife Antigo + amigos é absolutamente recomendável para quem quer alegria. Vanessa da Mata, Kumbia Queers, incríveis. Ouvir Lenine cantar Paciência debaixo de um céu lindo e aconchegada, indescritível. E olha que eu achava que já tinha enjoado desta música há uns tempos atrás.

Março promete: U2!!!! E em dose dupla!!!!

a boa filha...

Fato: é muito bom voltar para casa.
É muito legal encontrar consigo mesma... e é o que sinto quando dou uma vasculhada nas teias de aranha disto aqui...
Rever pensamentos, idéias, fatos. Rever os erros de português também, por que não?
Estou quase a desistir de manter um diário físico. É lindo escrever com o próprio punho, etc, etc, etc. Mas digito muito mais rápido do que escrevo e mesmo assim o teclado às vezes não acompanha. É, a tecnologia me deixou viciada.
Então, mudo de idéia.
Por que não fazê-lo digital?
Twitter é legal. Facebook também. Mas algumas coisas da vida não se resumem a 140 caracteres.

alek.setIdade (24)

Acho que festa em partes será uma constante na minha vida de adulta...

Pra começar, festa no trabalho, com direito a bolo, brigadeiro e presentes pra mim =)
Depois, jantar em casa, porque família é uma das melhores coisas que existem.
Pra fechar, farra com amigos, que é outra das melhores coisas que existem.
Esta se estendeu até altas horas, o que me fez amargar algumas preocupações depois e trabalhar de salto alto o dia inteiro. Mas cantar a trilha de Cavalo de Fogo a plenos pulmões no bar não tem preço. Comemorar um "noivado" também.

De novidade? Continuo uma pós-graduanda em Gerência de Projetos, saí da linha de frente no trabalho, se os céus permitirem serei dba em breve e o quarto agora é só meu. Já vi Dolores fazer dancinha enquanto canta "Salvation", continuo menos "brasileira" e firme na decisão de não ser mais rapunzel =D

O que vou fazer da vida?
Sei lá.
Acho que serei uma daquelas pessoas interessantes que não encontra esta resposta nunca.

há dias bons. E há dias...

Os últimos dias foram tensos.
Nunca tinha sido assaltada. Ver 3 caras numa van mandando que todos entregassem os pertences realmente me assustou. Por fora, em mim é tudo normalidade. Por dentro, ainda não me sinto eu mesma...
Uma ligação simples me fez enlouquecer por um final de semana: me obriguei a viabilizar do zero uma viagem para longe, em dois dias, mesmo faltando quase 1 mês para realizá-la. Era isto ou amargar semanas sem concentração em outra coisa. É, eu ainda não sei relaxar quando tenho alguma preocupação...O resultado? Um leve prejuízo financeiro e um sermão sobre o quão distante eu fiquei...
Consolos? Alívios? Claro que os tive. De novidade, uma amizade nascida da mais pura coincidência. E de antigo, a paz de estar com quem se gosta.

Mas se é assim, porque ainda há a vontade de lágrimas?
Por que o nó na garganta com tanta coisa que ensaiei o dia inteiro mas que continua preso aqui?

...
But here I am in my little bubble...
...

Ouvindo #Trouble e #Canta, canta mais...