Dizem que os sagitarianos costumam ter uma crise de identidade na transição da adolescência para a fase adulta.
Bem, se serve de confirmação, eu estou em crise.
(De novo)
No último final de semana fui parar numa realidade completamente diferente, pessoas diferentes, costumes diferentes. Sabe aquilo que você só encara de passagem e não faz questão alguma de descobrir como é de verdade? Pois é, embora eu não fizesse questão, acabei descobrindo.
Descobri que sou um bocado tolerante, mas que algumas coisas realmente não me descem. Descobri que sou absolutamente impaciente com gênios ruins. Descobri que posso ser um bocado cruel se quiser.
Mas a descoberta mais importante, e que me fez desejar ardentemente um papel para escrever (ou melhor, um teclado para digitar) foi a de que a verdade existe. Só que para achá-la é preciso ouvir as várias versões, porque cada um tem sua verdade, ou sua parte da verdade (*).
É o seguinte: escutei uma narrativa (longa, por sinal) de 4 pessoas diferentes. Foi engraçado ver como as versões se completavam e se esclareciam mutuamente. Uma me disse "Não sei porque Fulano fez aquilo". Depois, conversando com o Fulano, descobri o porquê. Tão óbvio, tão simples. Mas tal qual padre, não posso revelar nada do que ouvi. Não posso desfazer mal-entendidos. Não posso desfazer más impressões. Não posso fazer com que os envolvidos finalmente se entendam. É uma pena. Mas guardarei a lição aprendida para usos futuros e espero não esquecê-la. Porque é relativamente fácil esclarecer os conflitos alheios. Os nossos sempre parecem insolúveis.
A descoberta tem preço: a progressiva perda da capacidade de julgar. Explico: a cada vez que ouço pessoas dizendo o porquê de cometerem erros, fazerem "maldades", mais me convenço de que tudo isto é muito relativo. Exceto alguns casos, as pessoas não erram porque querem. São levadas a isto por não terem consciência da real dimensão de seu erro, por não saberem que é um erro. Sabendo disto, para mim fica mais difícil identificar culpados, porque cada um "sabe a alegria e a dor que traz no coração".
*Um dos diálogos cruciais entre meus personagens imaginários:
"- Pensas me enganar. Mas eu sei a verdade.
- Uma parte da verdade é a verdade?
- Sim.
- Não. A parte que tu sabes da verdade mais aquela que sei: isto é a verdade."
5 comentários:
confesso que neste momento ainda estou um pouco confuso com o texto... hehehe... mas gostei, gostei, só tô confuso, isso é real ou é ficção afinal? Bjo moça, valeu pela mensagem! pode deixar que eu me cuido aqui, juizo vc tbm!
^^... pensei em dizer algo, mas não sei se é verdade... XD
é verdade? q fulano falou de sicrana? pq eu acho q n é heheh
bjs
putz... que mensagem filosófica! quanta coisa dita de uma forma tão aberta, se assim posso dizer. Mas repito a pergunta do Alysson, é baseado em fato real?
E não deixe seus leitores curiosos, ora pombas!
Ahh... e to de volta, viu?!
Bjo moça!
Adans - devia ter dito, pow! A gente discutia depois se era verdade ou não...rsss...
Weslley - podiscrê! Foi exatamente isso que aconteceu!!!...hehehehehe...
Allyson e Max - isto foi baseado em fato real, baseado no final de semana que passei no litoral norte. Quanto ao diálogo no final do post, é o seguinte: desde criança, para dormir, eu invento histórias, romances inteiros. Daí, quando terminei de escrever o texto, lembrei de um trecho de diálogo em que se discute "a verdade". E então, resolvi acrescentar este trecho como detalhe :-D
Espero ter esclarecido...
Bjooos!
Enviar um comentário