terça-feira, fevereiro 12, 2008

post 101

Mal tinha reparado que o post anterior foi o centésimo. Mas de qualquer maneira, colocar Alanis no 100º foi uma boa escolha.
Comecei este blog mais por vontade de falar do que de ser ouvida. Desde criança me acostumei a traduzir sentimentos, angústias, pensamentos bobos para a linguagem escrita. Por isto que de vez em quando saem até posts bastante tolos: coisinhas-à-toa, mas que dá vontade de registrar. Outras vezes, fica aqui o fruto de observação, reflexão...estes normalmente tem cozimento lento, elaboração complicada, e por vezes um nascimento difícil. Por isto mesmo são ainda mais especiais.
Mas o objetivo está sendo alcançado. E para que continue assim, escrevo para falar de minha saudade de um amigo que está longe e que me faz muita falta em dias como este: dia em que não tenho carona pra pegar depois da aula porque simplesmente não tem mais aula. Então não tem ônibus pra esperar e aí não tem conversa enquanto esperamos.
E aí não tem relato desesperado e exaltado de como é difícil não ver as coisas saírem como se espera, de como é difícil não sentir energia em si mesma pra mudar o caminho. E sentir como se, por mais que se esforce, nunca vai agir do jeito certo, sempre vai ficar aquém. Perceber que, infelizmente, por mais que seus olhos enxerguem bem, é quase impossível abrir a mente de outras pessoas. E então reclamar, mesmo sem resultado, que a vida é complicada, quando poderia ser tão mais simples.
E aí ouvir, no tom simples e meio angustiado de quem não pode fazer nada, que vai dar tudo certo. Que no fim, tudo dá certo.
É tão difícil ser estável. É tão difícil conhecer as regras e seguí-las, quando o normal é não fazê-lo. É tão difícil diferenciar o que é essência e o que não é.

Hoje foi um dia difícil.

*Para Léo: ainda tem paciência no teu estoque pra mim? =) Prometo te responder em breve, moço...

5 comentários:

Anónimo disse...

Meu Deus ... mais um blog de uma outr a menina sul-americana, brasileira, desesperada ... um diário teria um resultado mais satisfatório ...

Rosamaria Lucena disse...

anónimo - vc é o mesmo de antes? :-D Bom...não acho que desespero e dias ruins sejam privilégios de meninas sul-americanas: eu diria que eles constituem um bem universal. Vai dizer que você nunca teve um assim?
E por que um diário teria um resultado mais satisfatório? Se eu o tivesse feito, você não poderia externar seu desagrado com aqueles que reclamam num blog, não é mesmo? Então acho que foi útil, sim :-D
Ou talvez você esteja falando de resultado financeiro, já que diários escritos podem virar livros, que podem virar sucessos, que podem até render dinheiro! Vide "Anne Frank", "Sofrimentos do Jovem Werther" ou "O diário de Tati" (rss)...mas não tenho pretensões literárias, então, continuamos no blog!

Um abraço e que você não tenha dias ruins! =D

Leleco disse...

bom...

sobre dias difíceis... A vida não é complexa, nem difícil. Nós é que a tornamos pela incompreensão do que nos acontece, ou ainda, pela necessidade constante do imediatismo, do tudo pra ontem em nome da eterna "busca da felidade"... No fim tudo dá certo? não sei.. ainda não chegamos neste fim... mas, como a sogra, a esperança deve morrer por último mesmo..

Discordo alek. Meninas sul-americanas são meninas criadas no charlatanismo norte-americano, que possuem como meio de vida copiar os "american ways of life" (axo q é assim que se escreve), com celulares da moda, cabelos alisados, franjas deslocadas, escutando músicas melodramáticas com um quê "rockístico", que também chamam de EMO. Meninas sul-americanas, brasileiras, que não desistem nunca, dramáticas, individualistas, que não sabem em quem votaram há dois anos, que reclamam com a barriga cheia comt tantos recursos naturebas, se fazem da grande invenção dos últimos tempos, a internet, para extravasar delírios pessoais fugais e sem-noção para que outras, no melhor estilo BBB, resolvam dar "espiadinha" e quem sabe uma "ajudinha" para resolução dos seus problemas infantis e, claro, típicos do 3º mundo. Porquê não um bloco de notas, também chamado de diário, na cabeceira da cama rosa com fitas amarelas e azuis?? Ah, esqueci, a Bruna Surfistinha fez um também, e veja no que deu.. literalmente, deu... (machista!)

bjos alek, adorei esse post. Me perdoe, mas adorei o "anônimo" mais ainda!!
PS: claro!!! este moço espera sua resposta... ansioso!!!! bjão!!!

Leleco disse...

alek! me perdoe pelo TAMANHO do coment... ah, e como já colocado em posts anteriores, que você não tenha dias fáceis, espero muito que você tenha dias difíceis, complexos, horrorosos... são nessas tensões que conseguimos crescer e nos estabelecer enquanto seres humanos...

uma bjoca do moço que aguarda uma resposta... hehehehe bjo

Rosamaria Lucena disse...

Léo:

:-O

Ainda bem que não sou natureba, não tenho celular da moda, uso cabelo cacheado, sem franjas, não sou emo, detesto a cor rosa (especialmente se vier acompanhada de fitinhas azuis), não espero soluções fáceis para os problemas e lembro em quem votei nas últimas eleições.

Senão...
você seria um cara morto.


hahahahahahahahahahahaha....

PS: Também gostei do anônimo...só que meu saco não é o de "sul-americana desesperada". Pelo menos não ainda..rsss...