quinta-feira, dezembro 28, 2006

27-28 de dezembro - risos, lágrimas e soro caseiro

Eu estava dormindo.
E acordei com o carro já na minha porta.
Reunião no outro lado do estado.

Eu estava com um mal-estar muito chato.
E continuei com ele por todo o dia.

Eu estava cansada.
Só pude tirar um cochilo rápido antes de ir para o amigo secreto da turma.

Eu estava muito, muito irritada.
Chegar atrasada por culpa de outros é terrível.

Eu estava feliz.
No final tudo acabou dando certo: agenda, vinho, risos e pagamento de rodízio.

Eu estava triste.
Chegar em casa sabendo que o gato da casa tinha acabado de morrer não é nada agradável.
Praticamente apagou a alegria da noite.

Eu estava morta de sono, apesar de dormir.
E com um pressentimento de que devia ficar em casa.
Mas teimosa que sou, saí.

Eu estava passando mal.
Num posto de gasolina de beira da estrada.
E atrasada para o trabalho.

Eu estou melhorando agora.
Eu estou me alimentando de soro caseiro.
Eu estou com sono.
Eu estou indo para casa.
Mas não faço idéia da hora em que vou chegar.

terça-feira, dezembro 26, 2006

James Brown, Substation e aumento de salários

  • Aumentos dos deputados de 91% parece ter sido barrado. Ô glória! Até que enfim, uma decisão sensata. Mas para a vitória ser completa, tem que acabar com a maldita "verba indenizatória" (na verdade um segundo salário, recebido todo mês, sobre o qual não incidem descontos ou imposto de renda). Para maiores informações, Franklin Martins.
  • Uma pena a morte do James Brown. O cara podia não ser flor que se cheire, mas vamos e convenhamos que sua música é única. O reveillon com ele ia ser ótimo (não melhor que o de Los Hermanitos...). Tristeza para os muitos que compraram ingresso. Minha favorita dele? "I feel good", claro. Ela vai ser o tema da minha formatura. Se eu tiver uma, porque rituais de passagem não são exatamente o forte do pessoal de Exatas...
  • Rave urbana Substation 2006, muito boa. O clima era diferente, já que o local de realização da festa mudou. Nos 10 anos da festa, ela aconteceu na Estação Ferroviária. Mudou agora, na 11ª edição. Mas nada que pudesse frustrar os que, como eu, estavam loucos para dançar.

Reveillon dos sonhos


Show do Los Hermanos em Recife - PE
Gratuito
O último do cd "4"
Além deles, um DJ
No reveillon.

ISTO É QUE É FESTA DE ANO NOVO!!!

Eu queria estar lá :-(
Paciência...

terça-feira, dezembro 19, 2006


"Você pode me ver do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço pra te contrariar
De tantas mil maneiras que eu posso ser
Estou certa que uma delas vai te agradar
(...)
Se o teu santo por acaso não bater com o meu
Eu retomo o meu caminho e nada a declarar
Meia culpa cada um que vá cuidar do seu
Se for só um arranhão não vou nem soprar"


"Rosas"
Intérprete: Ana Carolina
Compositor: Totonho Villeroy
A mais recente da lista "Esta é a minha música"

A comunicação na família moderna

terça-feira, dezembro 12, 2006

Errando é que se aprende


Inaugurando a sessão de errata do Parlatorium

Post: If (IMC <> 18 then "modelo não pode desfilar" - Comenta a polêmica decisão dos organizadores Imagem manipulada por computadorda Semana de Moda de Madri, de proibir que modelos com IMC (Índice de Massa Corpórea) inferior a 18 entrassem na passarela. Alguns setores da moda odiaram a idéia.
Data: 20/09/2006
Erro: A foto publicada junto ao post foi esta à direita. A modelo da foto é, acreditem, Gisele Bündchen - a imagem foi manipulada por computador. Infelizmente não consegui achar a original, mas vi no Programa do Jô a imagem real e ela é bem diferente. A produção do programa também caiu na pegadinha e acabou publicando como se fosse verdadeira. Eles descobriram o erro e eu aproveito para me corrigir também.
Correção: Troquei a foto por outra, esta de fontImagem verdadeirae mais confiável e utilizada por diversos sites médicos que falam sobre anorexia (foto à esquerda).
Comentário: Como qualquer pessoa comum, não me sinto feliz de abordar mais uma vez esta doença. Falar dela novamente significa que ela continua fazendo vítimas, e desta vez, notórias vítimas brasileiras. Mas não posso deixar de me alegrar ao ver que o meu desejo expresso no primeiro post (de que a batalha contra a doença chegasse ao Brasil) está sendo realizado.

Isso é que é conectividade!


Finja que você é o Bob. Qual a resposta da pergunta?

quarta-feira, dezembro 06, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!


Hoje é dia de comemorar o aniversário de uma pessoa que conheço há exatamente 20 anos e posso dizer que ela, apesar dos (muitos) pesares, é uma boa criatura. Eis o ser:
  • Rosa: Uma sósingular, em essência. Criatura sorridente, amigável, otimista de carteirinha. Ainda não sabe o que quer da vida e tem fortes suspeitas de que não vai descobrir nem tão cedo. Enquanto não acha o que ama, vai fazendo o que gosta: lidar com pessoas, lidar com máquinas, ajudar o próximo, aprender. Viciada em leitura, cafeína e entender os problemas da humanidade. Fã de preto, laranja, branco. Detesta a cor rosa (segundo ela, "de rosa já basta eu"). Alérgica a camarão. Alérgica a AAS. Alérgica a quase tudo, enfim. Multifacetada. E detesta que julguem apenas uma face como se ela fosse a totalidade. Impaciente, indecisa, às vezes insegura. Mas como otimista (e brasileira) que é, não desiste (quase) nunca.

A você, dona Moça, o desejo de que encontre aquilo que busca. E é claro, dinheiro, paz, saúde (menos alergia), alegria, amigos, sucesso, felicidade, blá, blá, blá...

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Pequenas alterações no blog

Olá, pessoas! :-D
Aproveitei uns minutinhos de folga para alterar uns detalhes no blog, que espero serem úteis:

  • Primeiro: corrigir o endereço do fotolog do Allyson Cabral, que teve problemas com a conta e criou um novo. Podem acessar a página do garoto clicando em "AllysonZAUM" no menu "Links".
  • Segundo: foi criar um link permanente para o post "Sósingular - não, não escrevi errado". Já que o assunto virou minha bandeira pessoal (onipresente nos nicks e perfis), nada melhor do que esclarecer o maravilhoso significado da expressão. Se não leu o post, acessa aí do lado. Eu recomendo.
  • Terceiro: foi a adição da minha rádio pessoal no Cotonete ao blog. Infelizmente, parece que este não deu muito certo porque a interface do player não é intuitiva. Vou deixar aí enquanto arranjo uma opção melhor. Na rádio tem Linkin Park, Laura Pausini, Black Sabbath e outros...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Cegonha revisitada


A influência da tecnologia é uma coisa ótima, não?

De "Observatório da Imprensa" : ódio de classe e padrão Veja

Atualmente um dos meus sites favoritos é o Observatório da Imprensa. E é dele que eu cito dois artigos fresquinhos e muito reveladores, nesta tarde de muito sono e dor de dente...

  • Guerra do Rio, a imprensa e o ódio de classe : comenta a última edição do jornal "O Globo". Nela existem 9 páginas dedicadas ao assassinato da ex-mulher do sócio de uma poderosa empresa brasileira de expressão internacional e apenas 1 página falando da matança ocorrida nas favelas na mesma data. Engraçado é que a referida mulher estava divorciada há mais de 20 anos, mas talvez para dar mais destaque à notícia, resolveram citar esta relação distante. Por trás desta postura a atitude preconceituosa e discriminatória que liga o valor das pessoas ao valor monetário que possuem. Leia o artigo

  • Folha adota "padrão Veja" de jornalismo : fala da última edição da "Folha de São Paulo". Numa de suas reportagens, explora um contrato de publicidade oficial envolvendo o governo federal, o Grupo Bandeirantes de Televisão e a Gamecorp (empresa da qual o filho do presidente é sócio), afirmando em manchete que "Publicidade oficial ajuda a bancar TV do filho de Lula". Na matéria não há qualquer denúncia propriamente dita. O objetivo parece ter sido simplesmente impressionar os "leitores de manchete" (infelizmente, boa parte da população). Leia o artigo

Respondam-me: haverá futuro para o jornalismo, a mídia, a ética?



* Em tempo: Dois posts seguidos relacionados à Jornalismo não são perseguição. Nem vontade de voltar para o curso. Apenas coincidência.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Erro de redação!

Essa não dava pra deixar passar:




"Pé machucado", "Pé fraturado", "Pé engessado", qualquer coisa. Mas "avariado" NÃO!!! De acordo com o dicionário Houaiss a palavra até pode ser usada para dano em alguma parte do corpo, num sentido figurado. Mas que fica muito estranho, isso fica...E estranheza é tudo o que um redator jornalístico não quer em um texto.

De: O Jornal

Pensamentos vespertinos - Anos 60 e saudade


ZZZZZzzzZZZzzZZZ...
Que soninho...
Mas dormir bem (leia-se "10 horas sem interrupção") é uma coisa que só devo fazer no domingo, infelizmente.


Comecei a ajudar uma amiga do trabalho (Carol) com a Feira de Ciências da escola (fico me perguntando onde é que foram parar as Ciências quando o pessoal vai falar de Exército, Ibama e afins). O tema dela? Anos 60. É muita coisa. Guerra do Vietnã, golpe militar no Brasil, homem na Lua, minissaia, Beatles, Woodstock. Mas faremos o possível para montar uma equipe legal. As idéias que já tive para o trabalho dela eu não tive para mim mesma quando precisei (será que estou ficando mais criativa com o passar do tempo?)
E durante essa ajuda bateu uma saudade do Ensino Médio...fazer trabalhos, apresentar peças, longas tardes na biblioteca devorando tudo ou só batendo papo. Bons tempos...
Já agora, o que vejo é que em 2008 ficarão poucos amigos por perto. E começa a bater uma saudade antecipada. Existe coisa mais desconfortável do que ver todos seguindo um rumo e você...nada?

terça-feira, novembro 28, 2006

Hoje vai chover

A situação é esta: como resultado de uma queda que levei há aproximadamente dois meses, o maior dedo do meu pé direito está desprovido de unha, motivo pelo qual não vivo sem band-aid. É também por esta razão que estou sendo forçada a deixar de lado minhas paixões: tênis, all star, babuche - em resumo, qualquer calçado fechado. Até a unha se recompor (sendo otimista, uns dois meses) serei obrigada a andar de sandálias, rasteiras, havaianas e coisas do gênero - em resumo, qualquer calçado aberto. Tenho poucos deste tipo. Dentre estes, quase nenhum é utilizável para trabalhar. Resultado:



Salto alto em plena terça-feira. E é claro, as colegas do escritório não iam deixar esse milagre passar em branco. Especialmente quando se tem uma câmera digital à disposição.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Discordância absoluta!

Comentário da Glória Maria, apresentadora do Fantástico na edição de ontem, se dirigindo aos adolescentes que estão pendurados na escola, repletos de notas baixas:
"...o Brasil inteiro está torcendo por vocês..."

Brasil inteiro, vírgula!!!!!
Eu NÃO!
Não estou torcendo por uma galerinha que brincou o ano inteiro, zombou dos professores e dos pais e se comportou pior do que crianças. Quer dizer, não estou torcendo pela aprovação deles. Torço para que tenham noção da vida, aprendam o valor do conhecimento e tenham responsabilidade. Torço para que sejam adolescentes não no pior sentido do termo (bagunceiros, descompromissados, etc) e sim, no melhor (animados, revolucionários, repletos de energia). Se isso se refletir numa aprovação, melhor. Torço para que o jornalismo pare de destacar os maus exemplos e comece a bombardear os noticiários com bons exemplos: por que não mostrar aqueles já aprovados no 3º bimestre? Por que não associar aprovação-conhecimento, em vez de aprovação-farra?

Será que estou ficando paranóica demais?

Visita ao campo

Os últimos dias foram interessantes.Tive a oportunidade de entrar numa realidade completamente diferente da habitual. De conhecer um carinho e uma inocência que me fizeram chorar. De mudar, transformar, revolucionar. O chato de tudo isso é que encarar minha realidade de novo foi mais duro do que o normal.

Explico:

Apresento-lhes o Assentamento Jubileu 2000, pertencente ao município de São Miguel dos Milagres. Ele é composto por 42 famílias e existe há aproximadamente 1 ano e meio. Ali vivem famílias de trabalhadores sem-terra que ocuparam uma fazenda improdutiva e hoje cultivam abacaxi (delicioso!), mamão, maracujá, feijão e uma série de outros alimentos.

Fui lá a trabalho, na última sexta (24/11). E quanto mais convivo com gente diferente, mais me dou conta de como eu amo o ser humano e as coisas simples da vida. Tem idéia como é bom chupar abacaxi colhido da hora, descascado com faca peixeira, debaixo de uma árvore? É o que há de bom!
Melhor ainda é ter contato com a simplicidade do povo e vê-lo radiante com a situação atual, onde eles se sustentam e produzem para si, para vender e presentear , quando há algum tempo atrás (mal) sobreviviam do corte da cana em terra de usineiros. Isto é revolução, embora ainda haja muito por fazer.


Para quem não tem a experiência do campo, fica o registro de um momento especial: o bezerrinho da foto nasceu minutos antes de nós chegarmos no assentamento.

quinta-feira, novembro 23, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!



Hoje é um dia especial. Não só porque estou postando novamente após longos dias de sumiço, mas principalmente porque hoje o Mestre Pogobol está ficando mais velho!!!

  • Mestre Pogobol: Um cara que eu conheço há aproximadamente 7 anos. No início dos tempos éramos meio distantes, mas um certo curso técnico fez essa situação mudar: nos tornamos grandes amigos e hoje somos parte dos Internetmons. Um cidadão coruripense (leia-se, "de Coruripe") de marca maior, engraçado, amigo, dono de um "fuca" (leia-se "fusca") e um nariz de palhaço. Meu ex-companheiro de cantorias. Era (ou é) fã da Érika (ex-caloura do Raul Gil). Atualmente envereda pela área de Engenharia Civil, mas pode ser encontrado nas festas de Medicina. Não, não...acho que nestas ocasiões ele não quer ser encontrado...

Desejo que continue sempre essa criatura hilária, que esteja presente em nossas reuniões, que o Philos reconheça seu talento para vender ingressos, que passe em todos os cálculos da vida e, claro: felicidade, saúde, paz, sucesso e tudo aquilo que todo mundo sempre deseja nessas ocasiões. :-D

Mea culpa

Aos queridos leitores deste blog, que não cansaram de reclamar (via comentários e pessoalmente) do meu sumiço, aqui vai meu sincero pedido de desculpas. Sincero e justificável, haja vista o grande número de atividades desempenhadas nesse período, sem contar uma crise de bronquite que me fez passar todo o dia de ontem acamada. (chique, não?)
Pois bem, farei o que estiver ao meu alcance para que as aranhas não se proliferem por aqui. Mas se elas começarem a se reproduzir, favor não desistir: esta blogueira demora, mas sempre posta! :-D

sexta-feira, novembro 10, 2006

Fúria feminina (feminista?!)

Para as garotas: como foi sua infância? Brincou com bonetas, de casinha, surrupiou maquiagem da mãe? Se a resposta é sim, você é mais uma das que teve uma típica infância feminina.
Confesso que sempre fui atípica. Do alto da sabedoria de meus 8 anos, proclamei à família que brincar de boneca apenas ensinava a garota a ser mãe e que eu iria morar sozinha. Bem, 11 anos depois, ainda não moro sozinha, mas a minha opinião sobre as bonecas ainda é a mesma.
Pois bem, e como fico agora ao ver que as meninas desta geração passam mais tempo cuidado da aparência do que qualquer outra coisa? Revoltada é o mínimo.
Estas "bonequinhas" geralmente pertencem às classes média e alta, têm Gisele Bündchen como referência, se acham gordas e não vivem sem cabeleireiro e maquiagem.
E é claro, são aplaudidas por pais (que babam por sua princesinha) e mães (divididas entre a felicidade e o espanto de verem miniaturas tão perfeitas de mulheres adultas).
Imagino estas garotas no futuro. Aprenderão elas que a aparência não é tudo? Entrarão em crise quando perderem a juventude? Algum dia conseguirão enxergar algo além delas mesmas? Ganharão valores como solidariedade e amor ao próximo?
Acho que Simone de Beauvoir não previu isso. Queimar sutiãs em praça pública para que parcela da geração feminina seguinte ficasse idiotizada com sua própria imagem no espelho. Ô desperdício...

Frases filosóficas

"A integração é o poder da conquista" (by Luiz Sampaio)

Eu ainda não entendi. Mas é profundo, não é?

quinta-feira, novembro 09, 2006

Sabe aquela sensação de impaciência que nos acomete de vez em quando? Pois é...estou com ela agora.
Cada vez que faço minha ronda nos blogs e sites políticos sinto um comichão para escrever e voltar à área de Humanas. Pergunto: "Como acabou o escândalo Daslu?", "Por que a Veja ainda não foi processada pela série de calúnias e atrocidades cometidas cometidas durante a campanha eleitoral?", "Por que a Globo preferiu exibir fotos de dinheiro, em vez de falar do desastre com o avião da Gol?".
Pois é...questionamentos infinitos. Fico feliz por não ser a única a pensar nisto. Existe hoje toda uma rede de sites (blogs inclusive) dedicados ao tema. Torço para que em breve a maioria dos brasileiros tenha acesso à internet, não só para orkut e afins, mas como forma de obterem conhecimento precioso e escondido pela grande mídia. Como amante de tecnologia, acredito que ela possa realmente ser ferramenta de transformação social.
Para fechar, recomendo a leitura do artigo "Só as mães são sinceras", da revista Época. Ele traz um retrato bem diferente da maternidade idílica tão divulgada na sociedade. Vale uma reflexão: "o que é ser mãe?", "sentir perda de identidade ao ser mãe é sinal de egoísmo?", "como balancear carreira, vida amorosa, filhos, controle doméstico?", "qual a causa da imposição da maternidade?". Tenho grande interesse por tudo o que se relaciona à posição da mulher em sociedade e essa reportagem me fez "viajar" um bocado. Viaje também! :-)

quarta-feira, novembro 08, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!


Hoje é dia de dar parabéns para dois amigos de SI que, infelizmente, não estudam mais comigo. São eles:
  • Latino (vulgo Allan): Um maluco, em resumo. Fã de números, engraçado, ótimo amigo. Já passou por fases ruins, mas parece que agora encontrou o caminho. Extremamente adaptável, a ponto de às vezes esquecer quem é. Quem nunca o viu dançando psy não pode considerar sua existência completa.
  • Cobol (vulgo João Rodrigo): Gente fina, fã de Ana Carolina, um tanto quanto distraído (não pense que esqueci as etiquetas dos óculos... :-D). Possui umas tiradas ótimas. Atualmente, no Corpo de Bombeiros. Achei que iria para o casamento dele ainda esse ano, mas parece que não é dessa vez que teremos uma festa de arromba no interior do estado. Paciência...

Não tenho mais o prazer de estudar na mesma turma que vocês, mas saibam que continuo torcendo para que consigam tudo o que desejam. De resto, saúde, amor, paz, viagens, baixo colesterol, longas noites de sono e afins :-)

terça-feira, novembro 07, 2006

FAQ - Internetmons

  • O que são os Internetmons? - Internetmons foi o nome adotado por um grupo de 4 amigos, que estudaram juntos no curso técnico de Informática, no Cefet, entre 2003 e 2004. São eles: Pink Potter (esta que vos fala), She-ra, Mestre Pogobol e Philos. Juntos, criaram um blog, o Mundo dos Internetmons (hospedado no weblogger, mas hoje desativado), como maneira de estarem informados sobre o mundo da tecnologia (já que teriam que postar sempre) e aprender noções de HTML.

  • De onde veio o nome "Internetmon"? - Este termo foi criado pelo PJ Pereira, um profissional de web, para nomear "monstrinhos" que povoam o mercado de internet (p. ex.: "Pulachu" é aquele tipo de profissional que não pára quieto, vive pulando de emprego em emprego em busca de um salário melhor, e se acha o máximo). A She-ra ouviu este termo num seminário de que participou e na hora de criar o blog, achou uma boa idéia pegar o termo emprestado e dar um novo sentido.

  • Qual a origem dos apelidos? - Responder esta é um pouco difícil e corro o risco de errar, mas vamos tentar:

    Pink Potter - "Pink" é a versão inglesa do meu verdadeiro nome e "Potter" vem do meu vício por Harry Potter
    Mestre Pogobol - o cara detentor desse apelido era mestre em "Bubble Volley", um joguinho de vôlei entre duas bolhas. Não sei porque cargas d'água começamos a chamar esse jogo de "pogobol". O caso é que o apelido ficou :)
    She-ra: este não tem qualquer explicação. Simplesmente o Mestre Pogobol achou que tinha que ser She-ra e nós concordamos.
    Philos: era o nick que o garoto utilizava no msn na época. Ele foi o último internetmon a se juntar à turma (é que no começo dos tempos ele não estudava conosco...) e no último post do finado blog, aparece como "em fase de avaliação" (eterna...)

  • Os internetmons ainda existem? - Os internetmons enquanto grupo de amigos continua existindo, apesar de termos passado quase 2 anos sem um encontro. A boa notícia é que essa tão aguardada reunião aconteceu no último dia 30/10 e pasmem! A amizade continua a mesma :-)

  • Se existem, onde estão eles? - Cada um foi para o seu canto. E esses cantos são tão distintos que para marcar uma reunião leva semanas, meses...Sou a única que continua na área de Informática, os outros deram uma mudada no rumo (só a She-ra que continua meio próxima, mas ainda assim, o negócio dela é design). Mas como gostar de informática não é pré-requisito para ser internetmon, continuamos com a identidade :-)

  • O que eu faço para ser um Internetmon? - A priori, somos um grupo fechado. Mas é claro que esta é uma situação perfeitamente negociável. Se você tem alguns parafusos a menos (mas não admite nem sob tortura), adora dar risada e não tem medo de odisséias (como andar na lama, lavar panelas queimadas, limpar melancias explosivas e afins) manda um email, deixa um coment. Quem sabe a gente não te convida para a próxima reunião?

Receita para felicidade: amigos - novos e antigos

Passei duas semanas numa efervescência de amizades. Encontrei gente pela net, conheci colegas em comum e, especialmente, revi amigos de longa data.
Os colegas em comum foram Kaká (gente finíssima, mestranda em Matemática) e Adelaílson (um professor de Cálculo decididamente não convencional), que tive o prazer de conhecer no meio de uma tapioca com a turma de SI e que acabaram me seqüestrando por tabela (o alvo era o Allyson). Abração para eles!
A efervescência não parou por aí. Tive o prazer de ir ao Erecomp (Encontro Regional dos Estudantes de Computação), em Campina Grande, cercada por uma galera que em 12 horas passou de desconhecida a amiga. *Mais detalhes em breve*
Os amigos de longa data são os Internetmons.
Não sabe quem são os internetmons?
Que pena...Explico:

...

Hum...acho que os Internetmons merecem um post à parte.


Sobre o Erecomp: estamos estudando uma parceria entre Parlatorium e TacaCoisa, para publicação de posts em conjunto. Aguardem notícias :-)

A pior mentira é aquela que se conta a si mesmo


Quem sabe - Los Hermanos


Quem sabe o que é ter e perder alguém
Quem sabe o que é ter e perder alguém

Quem sabe o que é ter e perder alguém
Sente a dor que senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir

Faz tanta falta o teu amor
Te esperar
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser
Assim

Quem sabe o que é ter sem querer pra si
Não quer ver outro em mim
Não fala do que eu deveria ser
Pra ser alguém mais feliz

Faz tanta falta o teu amor
Te esperar
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser
Assim


Música implorada no show de 29/01, mas que só foi cantada em 28/11, deixando fãs (inclusive eu) histéricos. Sinto que logo chegará o tempo em que tudo o que restará é a saudade do que poderia ter sido e não foi.
Tenho o pressentimento de que demorará muito até One last cry...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Indiferença. Individual. Quanta Idiotice!



Lula reeleito.
E uma miscelânea de pensamentos que só vão ganhar nexo quando eu puser no papel (ou no blogger).
Aviso de antemão que não faço idéia do que vai sair.
Você lê se quiser.


Estes últimos tempo tenho sentido como nunca as contradições de minha natureza sagitariana. Enquanto faço verdadeiro esforço para me auto-estimular e conseguir concluir o curso, reflito sobre as condições da natureza humana. É dispensável dizer que a vida prática ultimamente tem me tomado bem mais tempo, é só ver o tempo que passei sem postar por aqui. E não foi por falta
de idéia.
Bom, o cenário é a noite do último domingo, segundo turno. Tinha eu voltado para casa depois de ir às urnas e lá pelas 9 e meia da noite, quando já se tinha certeza (dessa vez absoluta) do resultado da eleição, mudei da Band para assistir o quadro "Ser ou não ser" no Fantástico. O resultado? Uma verdadeira tempestade mental.

Frase: "A indiferença é a banalização do mal".

Perfeita, não?
Eu achei.
E achei, porque ela resume toda a minha indignação com a situação atual.
Vivemos anestesiados, embriagados. Foi-se o tempo em que se dizia "Roubaram você? Que horror!!!!". Hoje se diz "Graças a Deus, pelo menos você está bem". Bem?!?!
E a indiferença vai bem mais além.
Na série, ela citou 3 indiferenças: a da elite pelos excluídos, dos excluídos pela elite, e da elite consigo mesma. Explico:

  • Elite pelos excluídos: faz com que as elites enxerguem os excluídos como "coisa" e não como seres humanos. Para mim, essa indiferença ficou implícita (e às vezes, explícita) nas falas de diversos "comentaristas" ao longo da campanha, que insistiam em dizer que o voto do povo estava errado, que o brasileiro é burro e não sabe votar. Tudo isso simplesmente porque
    as classes C e D resolveram votar por elas mesmas. E não pelas outras.
  • Excluídos pela elite: faz com que os pobres vejam a elite como inimigo a ser comabtido e contra o qual se pode fazer tudo, esquecendo-se do fato de que (apesar de tudo) merecem o respeito que deve ser concedido a qualquer ser humano. Esta indiferença justifica, por exemplo, o assassinato para roubar um tênis Nike.
  • Elite pela elite: faz com que a elite não queira enxergar a si mesma e queira viver sempre anestesiada. Daí uma venda tão grande de tranqüilizantes entre a classe, por exemplo.

(Esta última indiferença me levou a outra linha de raciocínio: o que há de verdadeiro, ou correto, na anestesia dos sentimentos? Porque sempre dizemos a alguém que chora: "tenha calma", "anime-se" e não permitimos que a dor tenha sua vazão? Lembro um trecho de Cazuza: "você sonhava acordada com um jeito de não sentir dor, prendia o choro...")

O caso é que depois de ver tudo isso tão estampado, fiquei com a sensação de que não estou fazendo nada para mudar. Vivemos numa sociedade injusta e individualista. Não fiquei surpresa ao saber que a solidariedade entre os jovens anda baixa. Não que os jovens não sejam solidários. Eles são. Mas com os semelhantes. O diferente não é semelhante. Logo, semelhantes são só aqueles que compartilham de nosso meio social, de nossas opiniões. A esses eu devo solidariedade. Ao resto, não.
E porque não faço nada? Porque só cuidar de mim mesma já toma tempo demais. E por que tanto tempo dedicado a si?

Porque vivemos numa sociedade individualista e injusta.

domingo, outubro 29, 2006

Post rapidssimo!

Aproveitando os últimos 3 minutos na lan...rss...

Final de semana maravilhoso:

Showzaaaaço dos Los Hermanos... :)
Amizades a 1000
Planos para uma semana barbara...

Agora é só aprender PHP...kkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Pra quem eu vi nesse finde, beijaaaao
Pra quem eu nao vi, beijao tbm! :)

terça-feira, outubro 17, 2006

Dia difícil


Oscilando entre a vontade de fazer e o desejo de jogar tudo para o alto.
Testando meus limites de moral.
À procura de um rumo, um sentido, uma pessoa, uma causa.



Preciso urgentemente de um curso para administração do tempo. Porque o meu está muito, muito escasso.
Entre as coisas que eu queria fazer estão: estudar design de interfaces e gerência de projetos, pensar em como criar um movimento sósingular, organizar pilhas intermináveis de ordens de serviço de uma vez por todas, planejar minha ida ao Erecomp, reencontrar amigos a quem estou devendo tapiocas e afins.
Quando eu achava que as coisas não poderiam ficar piores, descubro que tenho um projeto de PHP para entregar até a próxima quarta-feira. O detalhe é que faz um certo tempo que não programo uma única linha para web. E não tenho tardes livres pra relembrar. Minhas tardes estão recheadas de relatórios, cortes e cobranças. Posso?
Tudo isso, junto com poucas horas de sono e uma crise de garganta em estágio inicial, me fez ficar muito mal ontem. Cansada de todos, sem interesse para produzir coisa alguma, querendo mudar absolutamente, mas ainda sem saber o que mudar, como, quando...
Como Deus não deixa ninguém em absoluto desamparo, tenho o alento de, no auge da minha desesperança, encontrar com um dos meus mentores em Informática, um cara que me ajuda muito desde que enveredei por esse campo, virou um dos meus melhores amigos, e que eu não via há tempos. Uma conversa muito bem-humorada me fez relaxar um pouco.
Infelizmente, ainda não vejo solução. Falar em estímulo e motivação parece grego quando não se tem uma necessidade básica: descanso.
Minha mente prática requer soluções. Ainda não achei nenhuma.
É.
Acho que é hora de exercitar a paciência.

quarta-feira, outubro 11, 2006

SÓSINGULAR (não, não escrevi errado)

Sabe aquela sensação maravilhosa de que você não está sozinho no mundo? Que você não é o patinho feio? Que você não é a pessoa mais desajustada no universo? Estou me sentindo assim.
Não sou desajustada.
Não sou estranha.
Não sou puritana.

Sou apenas...

Uma
SÓSINGULAR!!!!

Sósingular, sósingular, sósingular, sósingular, sósingular...

A VIDA NÃO É MARAVILHOSA?!?!?!




Antes que alguém me xingue de doida ou insensível por deixar ficar repetindo uma palavra estranha, segue abaixo a definição:

SÓSINGULAR s. pessoa que gosta de ser solteira (mas não se opõe a ter um relacionamento) e geralmente prefere estar sozinha a namorar só pra fazer parte de um casal. De características únicas e espírito otimista, uma personalidade única, que transcende o estado civil.

Ver também: romântico, idealista, independente.


Ufa...passada a emoção inicial, deixa eu escrever com calma.
A história é a seguinte: estava eu no shopping (ou seja, na livraria Sodiler). Não pretendia comprar nada, apenas estudar minhas próximas aquisições. Seleciono 4 títulos e vou para o mezanino folhear: "O laptop de Leonardo" (ótima iniciação ao estudo de interface/interação humano-computador), "O Diabo veste Prada" (que me fez ter muitas crises de riso, educadamente reprimidas), "Inteligência Corporal" (é, eu quero emagrecer um pouquinho. Mas folheando vi que não vai ser com esse livro) e, finalmente...

Este: O GUIA DE REFERÊNCIA DO SÓSINGULAR



O livro que eu precisava. Ou melhor, usando os termos em que o descrevi para minha mãe, O LIVRO DA MINHA VIDA.

Assim que eu der mais uma lida no livro (porque o devorei rapidamente em menos de 2 horas), pretendo escrever um artigo sobre o movimento sósingular. Mas por hora, vamos a um resumo básico para os não-iniciados:
O movimento sósingular (ou quirkyalone, em inglês) foi criado pela americana Sasha Cagen, num acaso que se não fosse tão casual, seria inacreditável. Depois de (mais) um Ano-Novo sem beijos, ela sai com duas amigas e a palavra vem à sua mente. E esta palavra é o o conceito que nomeia um estilo de vida, uma personalidade, uma situação: a daquelas pessoas (predominantemente mulheres) que são muito felizes consigo mesmas (e que também encaram relacionamentos, desde que valham a pena) , mas que a sociedade insiste em empurrar para o casamento.
O movimento iniciou-se no ano 2000, mas a edição deste milagroso livro aqui no Brasil é de abril de 2006. Nos EUA já existem grupos de sósingulares e o Dia do Sósingular (intencionalmente - ou não - comemorado do dia 14 de fevereiro, que é o Dia dos Namorados por lá).
Esse fenômeno de ressaltar a garota e a mulher solteira já era uma tendência desde Sex and The City. Mas agora o que se prevê (para minha felicidade) é o surgimento de uma verdadeira tribo, até então oculta e dispersa de sósingulares.


Bem, por enquanto é só. Mas acho que vou aproveitar esse feriado para criar uma cobertura completa sobre sósingulares em português, já que o Google retornou apenas 10 resultados dessa palavra.

Agora que já compartilhei a novidade, posso assistir aula em paz.
Ou não, já que não paro de pensar no artigo e nas amigas que são sósingulares, mas que ainda não sabem disto.

terça-feira, outubro 10, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!


Meus parabéns especialíssimos vão para duas pessoas maravilhosas:
  • Jefferson: colega de turma, em SI, desde 2004. Um puliça rodoviário federal muito do mala. Gente fina, adorador do Deus Metal, apaixonado por Monza, ótimo orador, pai de crianças muito fofas. De vez em quando passa semanas sem assistir aula, sempre colocando a culpa nos pobres sem-terra. Ultimamente ele jura que pensa que acha que pode julgar o peso de todo mundo só porque emagreceu uns quilinhos. E está me devendo material fotográfico do Parlatorium.
  • Jacqueline: amiga desde o tempo em que eu usava tamanho 16 (faz tempo, muuito tempo). Mais especificamente, nossa amizade já tem mais de uma década. Garota pra lá de inteligente, tem talento pra escrita, tentou ir contra a vocação e fazer Enfermagem, mas hoje está muito bem obrigado no curso de Jornalismo. O aniversário dela passou já há algum tempo, mas nunca é tarde pra desejar coisa boa, né mermo?

A vocês dois, que entraram na minha vida em momentos bem diferentes, desejo tudo o que há de bom no mundo: saúde, paz, sucesso, felicidade, amor, dinheiro, chocolate, vinho tinto, 10 horas de sono...enfim, TUDO!

Bloqueio criativo

Por mais de uma vez comecei a escrever posts, mas nada publiquei. Dois não foram adiante por falta de material fotográfico (culpa do Jefferson, que faz aniversário hoje) e um, por excesso de conteúdo (seria um comentário sobre o debate entre candidatos à presidência).
Sobre isso de excesso de conteúdo, tenho um problema engraçado: às vezes eu divago (ou "viajo") demais quando vou escrever um texto. Começo num ponto de partida e mudo o rumo do texto completamente. Outras vezes, são tantas minúcias que quero comentar, que acaba não saindo muita coisa. No caso do debate, por exemplo, eu gostaria de falar do detalhe em cada fala, da postura "Bush" de Alckmin, das finas ironias do Lula, da fala (a meu ver, desastrada) da Marta Suplicy ao final do debate, enfim: isso não seria um post. Seria uma cobertura de 5 páginas sobre o debate: tecnologicamente impossível.
Então, farei um resumo bem rápido do que deveria estar aqui no Parlatorium, mas não está:

- Perda de um inestimável casaco vinho
- Um debate com cara de embate
- Meu desejo fugaz de estudar Ciências Políticas
- Texto sobre uma aniversariante muito especial: Jacqueline

Enfim, fica aí uma amostra do que poderia ter sido e não foi.
Mas ainda pode ser.

Para finalizar, um site de música muito bom (Portugal) : Cotonete. Fruto da minha mais recente busca por rádios online, este me surpreendeu pelas rádios temáticas que possui. Recomendo :)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Post rápido

- Começando a jogar Una Passione e vendo que não tenho muita paciência para joguinhos do tipo Crimson Room ("clique loucamente até aparecer alguma coisa")
- Palestra polêmica e interessante com a delegada regional da SBC
- Me recuperando de um tremendo bolo que levei de Allyson e Allan..rss...
- Já sentindo muita falta dos atuais colegas de trabalho
- Lascada em Programação Web

Dia legal, não?

terça-feira, outubro 03, 2006

Mais frágil do que taça de cristal ao alcance de crianças.

Explico:

A gente jura que é muita coisa, que faz muita coisa, que merece muita coisa. Ledo engano. Estava eu pensando em como faria dúzias de coisas no final de semana e como esta semana seria corrida. Ah, sem esquecer dos planos para a rave deste próximo sábado (07/10), pela qual espero há algum tempo.
Mas eis que no meio do caminho havia um degrau. Uma calçada. E um passo em falso. Resultado? Um dedão inchado, unha roxa e três dias de pernas para o ar, literalmente.
Nada de aula, trabalho ou rave.
A gente não é nada mesmo.

E para completar, o senador do Estado em que eu moro elege Collor como senador. Ainda bem que sou pernambucana...
Sai Heloisa Helena, entra Fernando Collor. E com Lula presidente (pelo menos até dezembro). Não é um contra-senso!?!? Se em 1992 dissessem que isso aconteceria, tachariam a pessoa de louca. Mas, assim é a vida.

Bloco do Eu Sozinho

Procuro desesperadamente por alguém que não sei quem é.
Não sei como se parece, como se veste, como fala.
Mas de vez em quando meu peito se oprime tão fortemente, tal é a minha vontade de achar.
Já pensei ter achado.
Já me enganei.
Já desisti.
Já recomecei a busca.
Já me satisfiz sozinha.
Já quis companhia.
Às vezes o vento me diz que é erro.
Que o tempo se esvai e nada conseguirei.

Mal sabe ele que sou surda.

sexta-feira, setembro 22, 2006


My South Park Version :-D


Quer fazer a sua também? Clique!

quarta-feira, setembro 20, 2006

if (IMC < 18) then "modelo não pode desfilar"


Esta não é necessariamente uma notícia nova, mas só agora é que eu pude comentar. Veja notícia


Causou frisson no mundo da moda a decisão do governo espanhol de impedir que modelos com IMC baixo demais participem de desfiles na Semana de Moda de Madri. Houve até quem dissesse que logo o governo iria querer legislar sobre as cores e os tecidos. Não poderia haver argumento mais absurdo.
O que existe, finalmente, é uma reação ao que todos viam: a excessiva magreza das modelos: fruto do culto excessivo ao corpo e submissão a uma corrente de pensamento de estilistas ("as roupas ficam melhor nas magras").
O fato de proibir não significa ser preconceituoso ou discriminatório: se uma empresa tivesse uma funcionária que mal se aguenta em pé, a obrigaria a continuar trabalhando? Qualquer empresa com um mínimo de humanidade a encaminharia para tratamento. Então porque continuar exigindo cada mísero grama de gordura dessas meninas?
Não costumo acompanhar desfiles de moda, apenas flashes de vez em quando. Numa reportagem que assisti sobre anorexia passaram imagens de modelos desfilando e fiquei chocada: "Como ninguém nota o que está acontecendo? Tal magreza não é normal!". Então fico feliz que mais alguém tenha notado.
Alguns expoentes do mundo fashion atiraram farpas para todos os lados, afirmando que estão querendo culpá-los pelos distúrbios alimentares. Não é bem assim. Em primeiro lugar, há que se preocupar com o bem-estar das modelos que estão atuando e passando por este problema (tido como "mal necessário" por várias esferas). Em segundo lugar, esta imagem projetada como ideal influencia realmente o comportamento de jovens pelo mundo inteiro. Isentar a moda disto é irreal.
Israel e Índia também estão comprando a idéia. Espero que o Brasil também adote. Pelo bem de muitas.

Post relacionado: Errando é que aprende (errata)

terça-feira, setembro 19, 2006

O último suspiro de um chuchu abandonado


Meu dia não foi inspirador.
Foi rotineiro, estranho, chato.
A começar por uma quedinha básica de pressão logo no comecinho do dia.
Depois, uma solidão diferente no escritório.
Mas, estando decidida a escrever, começo a vasculhar por um tema que me inspire.
Não demora muito e acho.
Desta vez o assunto é política.



Já dizem os sábios que política, religião e futebol não se discutem. Como eu não estou discutindo, apenas monologando, o farei com liberdade.
Nas últimas semanas, temos acompanhado investigações sobre a máfia das sanguessugas e das ambulâncias. Mas em algum momento, que não sei precisar qual, tudo isso virou coisa pouca comparado à "máfia" do PT. Deixou-se de ver que as acusações de corrupção vêm desde governos anteriores, com possível (possibilíssima) participação dos políticos tucanos para notar, apenas, que um dossiê foi "comprado" pelo PT.
Não estou dizendo que o PT e a Istoé não compraram. Pode ser que sim, pode ser que não. O problema é ver gente que está enrolada até o pescoço posando de vítima, dizendo que tudo não passa de armação eleitoreira para acabar com sua campanha. Como se a campanha presidencial já não estivesse decidida há tempos.
Isto me soa como uma tentativa desesperada de mudar uma eleição e uma pontuação estagnada por falta de carisma, proposta e apoio (é ridículo ver Serra dizendo que Alckmin é melhor para o Brasil. Sempre que vejo, completo mentalmente a fala dele: "Mas eu seria melhor, claro").
Revoltante.
Ridículo.
E ainda pedir que o caso seja investigado por um órgão isento. Como se a PF não fosse.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Odisséia do final de semana

O último final de semana é tema para vários posts, porque foram várias as reflexões vindas de uma noite desastrada. Mas como eu estou com trauma de séries de posts, já que não consigo terminar nenhuma (vide "Enecomp" e "Dicotomias do dia-a-dia") não vou prometer nada. Nada além de um post. Que é este. Se outros vierem, maravilha.


Prólogo
Tudo começou com a descoberta de uma rave no dia 15/09. Geralmente eu me infiltro nas comunidades de música eletrônica no Orkut para descobrir os próximos eventos. Mas esta me veio por scrap. Pensei: "Pow, massa. Um sinal de que devo ir". Entro na comunidade e vejo uma promoção de ingressos. Como estou passando por fase um tanto quanto "pindaibal", decidi ir apenas se ganhasse. Dias depois, resultado: ganhei! Penso: "Bom, agora tenho que ir..."



Viabilidade
Em um dia e meio, eu tinha que tornar viável a minha ida, ou seja: tinha que arranjar companhia. Recruto as meninas superpoderosas (Arwen e Sophia) e chamo aqueles que sei que gostam do estilo. No final das contas, entre convites via Orkut e SMS que nunca chegaram ao destino, vamos eu e Arwen. Sem problemas, afinal, tudo o que quero(emos) é dançar. Ponto importante: Wally me conta de um show que a banda dele (pilgrims) vai fazer na mesma noite e sugere que eu vá primeiro ao show e depois para rave. Como dinheiro é um problema, fico só com a rave, mas guardo a informação para possíveis referências futuras.



Problemas
Na noite de sexta, pretendia chegar em casa no máximo 7 e meia. Mas por acidentes de percurso, atrasos de ônibus e engarrafamento, só vim chegar bem depois de 8 (sinal 1). Cansada e com uma sensação íntima de desânimo. Bom, mas por pura teimosia, vamos à luta. Comer, preparar figurino, esperar ônibus. Esperar ônibus. Esperar ônibus. Repita a atividade por aproximadamente 40 minutos (sinal 2). E Arwen já me perguntando se vou mesmo. Mas eu não disse que sou teimosa?



Chegada
Entre mortos, feridos e risadas, chegamos no Jaraguá quase 23:00. Vamos ao lugar da festa. Triste notícia: perdi o ingresso que havia comprado para Arwen (sinal 3). Lá vamos nós, lisas e loucas, pagar por outra entrada. Ao chegar na bilheteria, em vez dos malucos habituais, dois adultos com jeito de pais dos organizadores (sinal 4). Gente do lado de fora, quando a festa já estava rolando (sinal 5). Bom, compramos e entramos. O som alto era um bom sinal.Ao entrar no local (muito bom, aliás) não havia nem 10 pessoas. E destas, 2 dançando. Na falta de algo melhor, caímos na risada. Tanto sofrimento pra se esbaldar e agora isso! E outra: como tínhamos pensado em amanhecer dançando não havia qualquer plano de local para dormir. E agora, José?Só para não dizer que ouvi tunts-tunts e não dancei, ainda ensaiamos uns passos. O dj era bom, a música ótima, o ambiente legal. Mas não dá vontade de dançar se não tem ninguém mais dançando. A situação estava ficando insustentável. Decidimos esperar até meia-noite. Se nada mais acontecesse, iríamos para o Fábrica (bendito Wally!).



Saída
Meia-noite. Nada de alteração do cenário. Pernas para que te quero. Na saída, uma moça avisou "se sair não pode voltar" e Arwen, mordaz como nunca, retruca: "não pretendemos mesmo voltar". Não ouvi nada disso.



Chegada 2
Chegamos enfim no Fábrica. Eu estava certa de que o ingresso custava 10 reais. Na verdade, 13. Ainda tentamos uma chorada pra ganhar desconto, já que boa parte do show já tinha passado. Mas nenhuma apelação adiantou. Bom, antes pagar 26 reais em ingressos do que em taxi de volta pra casa...Festa estranha, com gente esquisita, mas estávamos muito legais! :-D Embora o show do Pilgrims já tivesse passado (o que nos deixou decepcionadas), ainda havia mais 3 bandas. Então, no meio de teens e emos, lá vamos nós. E eis que encontramos o salvador da noite: Camilo, um companheiro de viagem no Enecomp! E entre apresentações, papo sobre Harry Potter, faculdade e shorts curtos vestidos por homens, foi passando a noite.Shows legais, galera que merece post à parte e a sensação de aventura rolando: "Uma noite no underground de Maceió"..kkkkkkkkkk...Claro que não era a mesma coisa de se esbaldar numa rave, mas isso não é exatamente um problema...



Saída 2
Show curtíssimo do Dance of Days. Pra mim, que não estava vendo muita diferença entre as músicas, eles tocaram apenas umas 6 faixas. Para os entendidos do negócio (Camilo, que fez o favor de nos aterrissar na situação), tocaram umas 12.E eis que tudo termina. São apenas 3 e meia da manhã.Pergunta: o que fazer até o sol nascer?!?!?!??!?!



Indecisão

Primeira opção: ir para o Extra. Afinal, para que serve um supermercado 24 horas?!?!?!
Problema: que ônibus pegar para chegar lá? Quanto custaria ir de táxi?

Segunda opção: seguir o Camilo e a turma dele.
Problema: a turma do Camilo não sabia pra onde ir.

Opção escolhida: a 2ª, CLARO!
Enquanto esperamos a decisão, passaporte e coca-cola.

...



Decisão
Decisão tomada: cada um da turma do Camilo ia pro seu canto. E agora, José?

Camilo decide ficar e esperar amanhecer (VALEEEEEU, MOÇOO!!!). Daí, nos arranjamos nos degraus da administração do porto de Maceió da maneira que deu. Mazela absoluta e total! Impossível não lembrar de Poços!Não fomos os únicos malucos a ficar. Havia mais umas 8 pessoas. Todos unidos, todos protegidos. E no meio da galera, até reencontramos uma antiga colega de turma nossa...(ê cidade pequena!). Chuvinha fina para completar a noite, motoristas meio altos escalando o gelo baiano e alarme de uma fábrica disparando. Todos felizes! :-D

Horas depois, com o céu já claro, eu agradecia aos céus por tudo estar acabando bem, sem maiores danos. Mas eis que de trás do Fábrica vem 2 garotas correndo que nem loucas. Perguntamos o que era. Alguém disse: "assalto". Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhh...LOGO AGORA QUE TUDO TAVA INDO TÃO BEM!?!
Saímos correndo sem saber pra onde ir nem onde se esconder. Foi a primeira vez que me vi numa situação arriscada e não tive uma crise de riso. Acho que é porque eu já tinha rido a noite toda.
Até agora não sei bem o que é que houve. Sei que o susto foi um despertador maravilhoso: não tinha mais vestígio de sono nenhum..rss...
Indo para o ponto, esperar o ônibus por pouco tempo. Depois, me manter acordada até chegar em casa. Chegando, um único pensamento:
"Thanks God!!! I'm at home!!"

quarta-feira, setembro 06, 2006

Depois da bronquite, vamos divagar (com i mesmo!)

Já que Parlatorium significa conversa informal sobre assuntos diversos, vou me dar a liberdade de escrever sobre tudo e coisa nenhuma...



Para os garotos:
"Entre homem e gay, o ideal era ser metrossexual. Depois, ser metrossexual virou demais. Agora, entre homem e metrossexual existe o übersexual. Vão acabar descobrindo que o ideal é ser homem mesmo..."


Uma das piores coisas do mundo é trabalhar com medo, viver com medo, pisando em ovos e com receio de qualquer telefonema. Quando não se tem autoridade para mudar a realidade e não é possível se conformar com ela, a situação fica difícil. E começamos a contar as horas até o fim do tormento.


"Nao me diga que sou fantástica. Mostre-me porque você é fantástico. Este é o caminho"


Sabe qual a maneira de deixar uma situação ruim menos ruim? Pensar que logo você vai se livrar dela. Qualquer pessoa que trabalhe sabe como é prazeroso organizar as coisas quando se está na última semana antes de sair de férias. Parece que produzimos mais, os problemas se resolvem mais facilmente. E este raciocínio se aplica a tudo. Só é preciso um pouco de esforço mental para acreditar que tudo é passageiro, por pior que seja.

quarta-feira, agosto 30, 2006


A revolução que opera em mim é silenciosa. Às vezes manda sinais como olhares estranhos, sorrisos vindos do nada ou um silêncio inexplicável.
Poucas vezes satisfeita consigo e com o mundo. Sempre com fome de algo que não sabe explicar.
A frágil quer ser forte. A forte quer ser frágil. E aquela que abriga as duas naturezas? O que deseja? Satisfação? Admiração? Reconhecimento? Paz? Por que?
Anseio por criatura que enxergue a complexidade e esteja acima deste mundo. Anseio por algo que já experimentei algumas vezes. Vezes estas tão fugazes que só fizeram aumentar o desejo de possuir indefinidamente.
Hoje não escrevo para ser entendida.
Escrevo para me entender.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Ao lado, pôr-do-sol na Bahia. Primeiro dia de viagem.

Espirros e mais espirros.
Mal acabo de me recuperar do problema de garganta, ganho um resfriado. Ê vida cruel! Estou pensando se conseguirei apresentar algum seminário, quando mal consigo atender o telefone sem "aaaaaaatchim...".
Meu estado de ânimo ainda não voltou ao normal desde que voltei de viagem. É um tal de repensar ali, repensar aqui. No final das contas, ainda não cheguei a conclusão nenhuma de quem sou, pra onde vou e o que eu estou fazendo aqui.
Mas, ontem vi alguma esperança no fim do túnel. Pode ser só uma luzinha fraca, uma réstia insignificante. Mas já é o suficiente para mais algum tempo de fôlego.
No mais, esperar um tempinho e saúde para continuar posts sobre o Enecomp...
Ah, que cabeça a minha! Já ia esquecendo de falar sobre minha mais recente descoberta: um texto (na verdade, um site inteiro) falando sobre as mentiras que a Veja conta. Você é leitor dela? Acredita? Então ACESSE:

quinta-feira, agosto 10, 2006

Músicas-adjetivo


Já prestou atenção em colunas sociais? Acho muito divertido ver aquele povo com a mesma cara fazendo sempre as mesmas coisas. E os comentários dos colunistas é que são ótimos: "Fulana de Tal num momento radiante", "Beltrana, sempre entre as antenadas da cidade", "Sicrano dos Grudes, com seu maravilhoso negócio", e por aí vai.
Mas o elogio máximo que uma socialite pode receber é ser chamada de "mulher-adjetivo". Levei tempo até entender a profundidade desta expressão máxima de bajulação. Agora compartilho a explicação, para enriquecer sua bagagem de cultura inútil: se eu fosse uma mulher-adjetivo, as pessoas iriam se referir a alguém maravilhosa dizendo "Ela é tão Alek". E daí já daria pra entender toda a magnanimidade da criatura.

Mas a conversa sobre coluna social foi só para fazer uma analogia: existem algumas músicas que para mim são adjetivos. Hoje estou num dia que é um misto de "Lugar ao Sol" (Charlie Brown Jr.) e "Além do que se vê" (Los Hermanos). Explico:


"Ainda vejo o mundo com os olhos de criança,
que só quer brincar
e não tanta responsa..."


"É preciso força
pra sonhar
e perceber
que a estrada vai além do que se vê"


Que música é adjetivo do seu dia? Você é uma pessoa-adjetiva?

ENECOMP II - Festas 2

Luiz Américo tentando me estrangular...Brincadeira, brincadeira...era só um abraço amigo. Ê festa boa!
Eu sempre reclamei da mania de muitas mães de não darem crédito a quem se deve. Por exemplo, você faz algo a vida inteira correta e uma vez que faz errado, é como se tivesse feito errado o tempo todo. Então, para não cair na mesma mania, já que o primeiro post não tinha foto por culpa do Max...
ESTE POST TEM FOTO POR CAUSA DA INFORMAÇÃO DO MAX!
Em letras maiúsculas, pra dar mais destaque.
Queria poder criar mais um texto legalzinho, mas o fato é que só consegui postar aqui porque o sistema ficou fora do ar. Paciência...

quarta-feira, agosto 09, 2006

ENECOMP II - Festas 1


Na foto, esquerda pra direita: Max, eu, Luiz Américo, Debi (maninha!!!) e Madurim (vulgo Felipe Bernardo)



Começar falando de um congresso pelas festas é um tanto suspeito. Mas, quem não deve não teme e como eu FUI a palestras, posso falar sem medo.
Confesso que comprei o pacote de festas com receio. Não gosto de axé, pagode e forró (só se for o forró pé-de-serra) e uma festa com o nome de "Cervejada" não me parecia um show de rock.
Mas por recomendação de todo mundo, lá vamos nós (como diria Minnie num episódio memorável do Pica-pau - aquele da vassoura).
Eu ia falar das produções de figurino para as festas, mas isto merece um post (ou vários) à parte. Por hora, só quero expressar minha IMENSA felicidade em ter podido dançar trance em 4 noites seguidas!!! Ver toda aquela galera se movimentando sob um som muuuito louco foi demais! Rave é ótimo. E com a caravana Maceió, melhor IMPOSSÍVEL! O triste foi só sermos expulsos (delicadamente) da boate pelo segurança.
Embora ainda tenha havido sua parcela de axé, funk e até forró, foi suportável. Deu para dançar sem muito problema e quando a situação realmente ficava muito preta (p. ex.: "Levanta a perninha ai ai") era só tapar os ouvidos e continuar no dois-pra-lá-dois-pra-cá.

terça-feira, agosto 08, 2006

ENECOMP I

Preciso me mudar.
Para onde?
Bem, para uma cidade de crianças lindas e clima frio.
Uma cidade de roupas e sapatos bem baratos.
Uma cidade que não vou esquecer.

O congresso? Ah, foi muito bom também. A mesa redonda sobre Regulamentação da Profissão foi maravilhosa, embora nada conclusiva. E a palestra sobre uma empresa de software livre bem sucedida mexeu com os sonhos de muita gente. Inclusive eu.
Gostaria de ter postado durante a viagem. Qualquer jornalista sabe que notícia fria não vende. Mas prefiro vender notícia fria do que perder o frio de Poços. :-D
Então, deixo este post inicial assim.
Sem fotos, porque o Max ainda não me disse onde estão.
Mas com a sensação de que muitos textos ainda vão rolar...

Depois da tempestade, analisar os estragos... :-)

De volta DO congresso. De volta DA cidade.
Ô viagem abençoada!!! Muita coisa pra contar. É tema pra mais de metro de post.
Mas por enquanto, ao som de Nickelback (quem diria?! Eu, que adoro System!!), só quero escrever por 5 minutos e sobre 5 minutos. Até porque meu horário de almoço está acabando...

A impressão inicial tinha passado. Ido embora, quem sabe? Era o que eu pensava. Ledo engano. Não, tinha ficado apenas mais forte. Os olhos não conseguiam desgrudar e eu me perguntava: "Por que?!""Por que?!". Como resposta, apenas uma alegria indescritível e a sensação de que deveria memorizar cada detalhe daqueles minutos. Porque me lembraria daquilo por muito tempo. Não queria mais continuar com a máscara e isso não acontece sempre. Perco o controle. Saio para me recompor, sem muito sucesso. Mas quando volto, já tenho os olhos menos úmidos. Só o aperto no coração não diminui...Traço planos mirabolantes para jamais ter tempo de executá-los. Quem sabe da próxima vez?
Se Ele quiser, não importa onde, como, quando.

Have a heart.
Now I know that I have.

Agora, já refeita, é só saborear de vez em quando...

quinta-feira, julho 20, 2006

quarta-feira, julho 12, 2006

Analisando peças de propaganda

Publicidade é uma área difícil. Eu sei. Ter a obrigação de produzir idéias brilhantes a cada campanha é difícil. Mas já estou cansada de ver comerciais explorando idéias manjadas. Como gosto não se discute, vou expor minha opinião a respeito de algumas peças. Se não concorda, também é livre para se expressar: é só comentar.

A primeira e mais óbvia é a peça da Vivo, que fala da promoção em que, após os 3 minutos iniciais da ligação, os outros 45 são gratuitos. Para quê usar uma mulher explicando ridiculamente uma partida de futebol!? Isto só serve para reforçar a imagem da mulher como absolutamente ignorante quando se trata de bola. Existem alguns exemplares da espécie assim (Raica de Oliveira inclusa), mas com tantas lutando para desfazer esta imagem (seleção de prata da última Olimpíada inclusa) a propaganda presta um ENORME desserviço.

A outra é a da Albany, que fala dos sabonetes específicos para homem e mulher. Tudo bem, vou dar o braço a torcer: não seria tão interessante se fizessem um comercial explicando que a pele masculina é mais oleosa, necessita de uma limpeza mais profunda e requer sabonete próprio. No entanto, o comercial exibido passa pelo mesmo problema daquele da Vivo - reforça preconceitos:

Mulher só come salada, homem come carne.
Mulher não faz atividade física (só lê), homem que malha.
Mulher só quer amor, home que só quer sexo.
E por aí vai.

Tantos e tantas lutando por igualdade e o slogan é "Homens e mulheres são diferentes". E depois, uma pilha de clichês. Ê (falta de) criatividade.
Sobre Albany, ainda me reservo o direito de discordar do slogan da linha: "Para quem quer ser diferentemente lindo". Seria muito mais elegante dizer "Para quem É diferentemente lindo". Desta forma, estaria elogiando o seu cliente e não, obrigando-o a adquirir produtos para "ser diferentemente lindo". Quem é, É. Não precisa ser cliente.

segunda-feira, julho 10, 2006

Um dia atípico

Estou triste e desanimada.
Não me pergunte o porquê.
Hoje, em vez de me divertir à toa, quero quietude.
Não me pergunte o porquê.
Mudar as coisas, agir, trabalhar? Não hoje.
Não me pergunte o porquê.

Tudo o que eu gostaria hoje era poder dormir um pouco.
E esquecer a pilha de itens que povoa minha cabeça.
Não quero decidir nada hoje.
Não quero comentar nada hoje.
Não me pergunte o porquê.

quarta-feira, julho 05, 2006

Trabalho X Você - Quem ganha?

Eu achava que a vida pessoal importava mais. E achava a música "Epitáfio", dos Titãs, absolutamente maravilhosa. Um trechinho da letra para quem não conhece/não lembra:

"Devia ter amado mais,
ter chorado mais,
ter visto o sol nascer.
Devia ter trabalhado menos..."

Tudo ia bem. Até ler um artigo numa edição da Você S/A, antiga, que falava sobre essa música. E nele o autor apontava a canção como um dos maiores mitos do mundo moderno. Defendia a hipótese de que se você parar "para ver o sol nascer" (ou melhor, "curtir a vida") vai perder um tempo precioso para o seu aperfeiçoamento, afinal, o mundo não parou de girar e os fatos não pararam de acontecer só porque você decidiu parar.
Acredito no aperfeiçoamento contínuo. Ler livros, revistas, jornais. Fazer cursos. Freqüentar palestras. Otimizar as rotinas. Mas acho que isto deve trazer um maior tempo livre, uma maior organização, uma melhoria na qualidade de vida. E não, mais trabalho, mais preocupação, mais estresse.
A tecnologia cuja promessa era fazer o trabalho por nós fez o contrário (ou fomos nós?). Hoje, o celular nos deixa ao alcance dos problemas o tempo todo. E embora ele possua o botão "desligar", pega mal estar indisponível quando existem tantos querendo a sua vaga. Acostumamo-nos tanto com as máquinas, que não cansam, não adoecem, não precisam de estímulo, que começamos a pensar as pessoas do mesmo modo.
Tenho uma preocupação há alguns anos: as pessoas que fazem de algo a sua vida. Pode ser uma faculdade, um curso qualquer, um emprego. Por exemplo, o local onde cursei todo o ensino médio exigia demais dos alunos. Os amigos com quem tínhamos mais contato eram aqueles que estudavam conosco. As conversas quase sempre estavam, direta ou indiretamente, ligadas à escola. Então, quando tudo terminou, bateu um grande vazio: e agora? Havia hiatos de 3 anos na vida de vários de nós. E se, pra nós foi assim, imagina o que acontece com quem passa 30 anos de vida se dedicando a trabalho. E lá está toda sua vida, seu assunto, seus amigos e inimigos. Quando se aposentar, como será? Mais do que perder dinheiro, muitos hoje se preocupam com a perda dos laços, da rotina. E não se aposentam.
Sobre esta relação tão profunda entre pessoas e trabalho, havia uma entrevista nas páginas amarelas da Veja com uma executiva alemã. Ela defendia a total separação entre a vida pessoal e a profissional. Nada de festas da empresa, celular ligado no final de semana ou horas extras. Inicialmente fiquei chocada com a afirmação dela de que não é possível/desejável ter amigos no trabalho e ainda não concordo. Mas outros pontos da teoria são válidos, já que têm como objetivo permitir que o funcionário cultive outras áreas da vida que não só a profissional.
Pessoas precisam recarregar as baterias. Respirar outros ares. Estes ares podem ser mais puros, poluídos, interessantes, monótonos. Mas que sejam diferentes. Só assim é possível ter idéias novas, ânimo, garra. Gosto de pessoas que imprimem sua marca pessoal no trabalho, que têm outros objetivos além de ganhar o salário no final/início/meio do mês. Que cultivam hobbies, lêem assuntos fora do trabalho, ouvem música, se divertem.
Acho que é delas que vêm as idéias que mudam o mundo.

quarta-feira, junho 07, 2006

Rotina

Acordo.
Sempre mais tarde do que deveria e sempre muito antes do que gostaria.
Forço o estômago a trabalhar quando ele ainda deveria estar descansando.
O resultado de vez em quando não é muito bom: ainda acordando, ele dói por uns longos 40 minutos.
Ônibus.
Quase sempre cheio.
Quase sempre em pé.
E uma sensação de que eu não deveria estar ali, que está tudo errado.Viajo.
E durante a viagem, longos cochilos.
Pelo menos quando o companheiro ao lado (ou a falta dele) permitem.
Chego.
Caminho, sonolenta.
Chego, diretamente imersa num turbilão de atividades.
E assim se passa o dia.
Que é sempre curto demais para tudo o que há para fazer.
Viajo de volta.
Sem cochilos, porque dormir em pé é proeza demais para mim.
Chego.
Indecisão: estudar ou não estudar.
Sair ou não sair.
Dormir ou não dormir.
Decisão tomada, cumprida.
Volta para casa.
Alimentar o estômago.
Banho.
Cama.
Até o dia seguinte.

"Don't close your eyes,
Don't close your eyes,
This is your life..."

Como é a sua?

segunda-feira, maio 22, 2006

Minha lista de desejos. O que você quer?

Quero dançar até não aguentar mais.
Quero ficar quieta e imóvel.
Quero expor sentimentos e trancá-los a sete chaves.
Quero estar presa por vontade.
Quero o sorriso de positivo espanto.
Quero a admiração e a supresa.
Quero o troféu e a rosa.
Quero o distanciamento e a profunda ligação.
Quero me sentir igual e saber que sou diferente.
Quero o brilho das noites de gala e a simplicidade de um café.
Quero requinte e humildade.
Quero inteligência aguda e coração aberto.
Quero o conhecimento infinito.
Quero saber tudo o que preciso e o que não preciso também.
Quero a apreciação do que sei e sou capaz.
Quero o reconhecimento do gênio e do tolo.
Quero a amizade do bom e do mau.
Quero o calor do sol e o frio da neve.
Quero o brilho do aço e a maciez da pele.
Quero sentir o poder do ter e a satisfação de doar.
Quero jamais parar e parar sempre que quiser.

Não quero a obrigação.
Não quero o limite.
Não quero a cobrança.
Não quero a eterna indecisão.
Não quero o mesmo de sempre.
Não quero o diferente todo dia.
Não quero dar mais do que devo.
Não quero o retrabalho e a não-mudança.
Não quero o esforço em vão.
Não quero a lágrima inútil e o sorriso fácil.
Não quero querer o que não posso ter.

Cumpra, mas não prometa...

"Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri"
Ana Carolina




Prometo de manhã para re-prometer ao dormir.
"À tarde"
"Amanhã"
"No próximo final de semana"
E tenho a impressão de que por mais que eu faça, sempre há o dobro por fazer. Em todas as áreas: profissional, acadêmica, pessoal, sentimental...
Os planejamentos e programações se sucedem, mas sem muito resultado. As listas de itens pendentes não param de crescer. E chega um ponto em que já não sei mais pra onde ir, o que deve ser prioridade e o que não deve.
Para administrar melhor o tempom, estou tentando adquirir a mania de escrever tudo o que tenho que fazer. TUDO MESMO. E ir riscando à medida que vou cumprindo. Por uns dois dias isto deu realmente certo. Mas depois vêm uma saída inesperada, uma rede que despenca, uma gripe incômoda. E tudo volta à estaca zero.
Ah,como era a vida há algumas décadas atrás... Não é que tudo fosse tranqüilidade: chefes de família (homens ou mulheres) sempre tiveram preocupações, muitas preocupações. Mas um jovem geralmente não tinha tantas. Tinha algumas, proporcionais à idade. Stress? Não, isso é problema novo. Antes, só cansaço, "pobrema nos neuvo".É difícil conciliar as diversas esferas de que se compõe a vida moderna. O ponto de equilíbrio não é o mesmo para todos, já que os pesos atribuídos a cada área são diferentes. Não há modelos fáceis para seguir.
A não-existência de um caminho pré-definido tem muitas vantagens. Mas também traz muita dor de cabeça. Acho que por isso Millôr diz que a ambição secreta do povo é ter a liberdade de não precisar decidir nada.

sexta-feira, maio 19, 2006

Oração aos jovens

É claro que você deve ter a coragem das suas convicções e enfrentar as coisas cara a cara e -

[Desde que :

  • não vá contra seus próprios e inerradicáveis interesses
  • respeite fundamente a sua família
  • observe a verdade não pode estar toda do seu lado e que o outro lado também tem sua parcela
  • suas idéias sejam sempre sadias e patrióticas
  • você observe à risca os estatutos vigentes, os decálogos em curso, as apostilas recomendadas, as orientações gerais sobre aquilo em que é permitido opinar, as bases do que é respeitável moral e civicamente, os exemplos de cima, até onde se pode chegar dentro do sistema (...)
  • jamais desrespeite as bases em que estão assentados os nossos princípios de povo e nação, assim como nossos usos e costumes ]

- exteriorizar toda a sua convicção e dizer tudo o que pensa, contar tudo o que sabe, com coragem e destemor, doa a quem doer. Você deve apenas tomar o cuidado, que acreditamos perfeitamente válido, de declarar, antes de mais nada, a fim de não ferir susceptibilidades, que qualquer semelhança é mera coincidência.

Millôr Fernandes (com adaptações)


Texto tirado de minha mais recente aquisição: MUITO bom e barato -> PERFEITO!

(Sugestão de frase final: by Paulo)

quarta-feira, maio 17, 2006

Pergunta idiota

Penso:

- Normalmente os motoristas de ônibus não costumam deixar que vendedores ambulantes, pedintes, etc entrem.
- E são muitos no caminho.
- O fato de um motorista deixar 5 diferentes vendedores/pedintes(*) entrarem é sinal de que ele está levando algum nessa história????

19 anos. Já dá pra ser nostálgica

Cenário: chuva. MUITA chuva.E como no caminho até meu trabalho existem 92 km e muitas pontes, estou vendo a hora de não conseguir chegar. A chuva me deixa pensativa (pelo menos quando a correria deixa tempo pra isso). Sinto esperança também. Uma confiança de que as coisas dão certo. Mais cedo ou mais tarde. E é assim que me consolo quando o corpo pede mais algumas horas de sono, um tempo de descanso...
E para completar o clima, um revival da adolescência: ouvindo (e vendo) Northern Star e Never Be the Same Again (os dois da Melanie C, ex-Spice Girls). A letra continua ótima. Já nem lembrava que uma das minhas frases favoritas era um verso dela:




"Live your life without regret.
Don't be someone who they forget"



Quer ver os clipes também?
Então baixe: Northern Star e Never Be the Same Again

terça-feira, maio 16, 2006

Músicas: as da antiga e da nova fase

Hoje foi o dia de músicas.
Estou eu aproveitando o momento de folga, hora de almoço e coragem nenhuma de produzir alguma coisa. Daí, eis que vou para um dos locais mais propícios para a .... (eu ia dizer vagabundagem, mas já me disseram que pega mal para uma dama..rss..)...para a "ociosidade completa": Orkut. E...
Eis que acho uma comunidade das Spice Girls. Eis que acho um link para download de uma das músicas que marcaram época pra mim: Never be the same, da Melanie C.
Putz, que saudade boa...ficar vendo e revendo o clipe, lembrando de como era a vida quando eu assistia (ou tentava, em meio a ruídos e chiados) MTV. Bons tempos...ensino médio, trabalhos, eternas dúvidas...
*Vou parar antes de ficar saudosista demais*

E hoje, quando estou prestes a pensar que o dia acabou, me vejo como James Blunt em "You're Beautiful". Mas era muito, muito beautiful MESMO. But it's time to face the truth: I will never be with him. Buáááááááá...

quinta-feira, maio 04, 2006

Um dia é cada caça, outro do caçador

Ah, como é bom dar tapas com luvas de pelica.
Como é bom esfregar na cara de alguns a maneira correta de fazer as coisas.
Como é bom agir com o próximo da maneira que a gente queria que fizessem a nós.
Como é bom provocar um sorriso sincero de agradecimento.
Como é bom...

quarta-feira, maio 03, 2006

Se é de gritar, a gente posta...

Este post seria diferente.Mas estou revoltada demais com a "natureza humana" para escrever sobre política ou
dicotomias.As pessoas são falsas, mentirosas e muito, muito acomodadas. Pensar no próximo? Não...Tudo
isto é muito bonito na teoria, a prática é outra. Na prática é cada um por si e Deus por
todos. Na prática, ganha não o que deveria ganhar, mas aquele que conhece quem premia. Na
prática, o discurso se invalida. Aquele que te sorri é o mesmo que te passa pra trás. E você, apesar de tentar se convencer de que aquele sorriso de ontem foi verdadeiro, passa a não acreditar mais.E em frente a tudo isso o que fazer? Sorrir e ser agradável com aqueles que merecem, no
mínimo, um sermão? Fazer uma arruaça e depois a situação piorar? Exigir seus direitos?
Difícil, muito difícil decidir. Talvez esta seja mais uma dicotomia.Só sei que todo o esforço mental para não me irritar vai por água abaixo em algumas
situações. Nem fugas para idílios imaginários conseguem conter a minha revolta ante a falta
de educação das pessoas. Aaaaaarrrrrrrr, que raaaaaivaaaaaaaaa!Mas, como diria Los Hermanos, deixa estar. O mundo gira e dá voltas. Um dia ainda vai
precisar de mim. E quando isto acontecer, o que eu faço? Abro os braços ou fecho o coração?
Outra decisão muito, muito difícil...

quinta-feira, abril 27, 2006

Dicotomias do dia-a-dia - "Modo de ser"


Situação/conceito: "Modo de ser"
Dicotomia: calmo X agitado


Da mesma maneira que as pessoas admiram quem está sempre "zen", admiram aquela eletricidade que parece atravessar o corpo de alguns. Então, a situação começa a ficar difícil. Não estou falando de fingir algo que não é, mas de situações em que você realmente quer se adequar ao pensamento de alguém, como por exemplo, no início de um novo emprego. É melhor ser mais light ou ir num ritmo acelerado?
Indo além disto, avaliemos o estilo de vida. Neste ponto também, os meios de comunicação se contradizem a cada momento. Quer ver?

  • programa de 20:00: a gente ouve que é preciso desestressar, relaxar, diminuir o ritmo. "É o seu coração quem pede.". Neste ponto já estamos nós respirando mais devagar, soltando os músculos, planejando como é que vai reduzir a quantidade de trabalho pendente, preparando a caminha...Ótimo.Mas aí...
  • programa de 21:00: aparecem aquelas pessoas que parecem pular de uma balada a outra, ter sempre 1000 planos da cabeça, hiperativas. E elas são novamente fotografadas, entrevistadas e admiradas. E você, que estava começando a ficar feliz com a idéia de uma casinha à beira-mar e 8 horas de sono se sente um alienado sem vida social, parado no tempo. Afinal, são apenas 21:00 e você já estava fechando os olhos! Corre, se arruma, a balada tá aí! Põe uma expressão blasè no rosto e vai à farra. Não pare um minuto! O mundo corre! Você ainda não conhece o set daquele DJ? Tá mal! Não fez um MBA? Tá muito mal! Ainda não é pró-ativo (ou pró-blemático..rss..)? Tá péééssimo!!!!
  • (pra enloquecer de vez)programa das 22:00: uma lista com 231 nutrientes presentes em 125 alimentos que você deve consumir todos os dias. Mas como, se você não tem tempo pra cozinhar? Ah, é a vida: você tem que ter calma. Mas vá rápido, porque a reunião começa em 15 minutos!!!


E agora, José?


Para saber o que são dicotomias e porque isto foi escrito, veja http://parlatorium.blogspot.com/2006/04/dicotomias-do-dia-dia-introduo.html

Dicotomias do dia-a-dia - Introdução

Pra começo desta nova seção, vejamos o que vem a ser dicotomia. Na biologia, é a divisão em duas partes (lembra?). Refinando, pode-se dizer, que dicotomia é repartição de um conceito em dois outros, geralmente contrários e complementares. Por exemplo, o conceito "seres humanos" pode ser repartido nos conceitos "homens" e "mulheres" (by Houaiss). Gosto desta definição porque ela se aplica bem ao que eu estava pensando estes dias...
Sempre gostei de fazer as coisas do modo correto. De uns anos pra cá isso vem se tornando muito complicado. Há sempre duas (ou mais até) maneiras de pensar, de agir. Quando comecei a analisar (já que Parlatorium também analisa) vi que são quase duas filosofias de vida para cada item. E para cada um existem defensores igualmente confiáveis e experientes. Então, qual vem a ser o certo? Pergunta difícil. Na tentativa de tentar esclarecer estes obscuros pontos do comportamento destes primatas e chegar a alguma conclusão, vamos às dicotomias com que a gente lida no dia-a-dia, mas nem percebe.

quarta-feira, abril 26, 2006

Fim da migração

Aaaah....acabou oou ôô! aaaaaaacaaaaaaabou! acabou oou ôô! aaaaaaacaaaaaaabou!
(e eu, não acostumado a ter tudo na mã-ão....lembra da música?..rs....)

Fim da migração de posts. Alguns se salvaram, outros ficarão para sempre esquecidos lá no Msn Spaces. Lá tinha mais facilidade pra publicar textos, mas essa conversa de não poder modificar nada no lay, visitante ter que logar pra deixar comentário e lentidão mortal no editor me cansou! Chega!!! Vamos ao blogspot.

E cá estou eu. Embora não tenha amado o editor de post daqui, pelo menos tenho um pouco mais de liberdade para brincar. E não preciso passar meia hora pra digitar um texto.

Engraçado como é difícil decidir um blog. Não "definir" no sentido de conceituar, mas escolher o título, o endereço, etc, etc, etc...Pensei em colocar um nome bem diferente, inesperado, tipo "AmarulaComSucrilhos" (que é muito bom). Mas e quando eu quisesse falar de coisa séria? Ia ficar muito esquisito. Depois quis nomes pomposos. Desisti. Acabei por deixar "Parlatorium", mesmo. Um pouco sisuso, mas só esse verde-limão do banner já quebra essa seriedade.

Então, mãos ao blog!!!!

Vida de blogueira

  • Pensar no texto. Isto significa ver o que acontece e já ir pensando em como vai descrever isso no próximo post.
  • Postar. Momento de pôr no editor do blog todo o fruto de sua inspiração mediúnica. E tome formatação de fonte, arruma de cá, arruma de lá. Situação piorada quando se está com preguiça de editar CSS ou mania de perfeccionismo.
  • Editar. Afffff....sempre ficou faltando uma letra, ou sobrando, ou a formatação não ficou boa. Haja paciência!!!
  • Divulgar. Depois da obra-prima publicada, é a hora de avisar a todos que mais um filho seu nasceu. Sim, um filho, porque o cuidado que a gente tem, só com filho mesmo...Têm aqueles que não possuem muita ânsia de divulgar, publicam mais pra tirar da mente mesmo: se mais alguém ler, é lucro. E outros tem vocação nata para jornalistas: não escrevem por escrever. Escrevem para serem lidos. Um dia eu chego lá.
  • Pensar no (próximo) texto...

Repetir até o fim da vida de blogueiro. Que pode ser quando você enjoar dessa conversa, ou quando os afazeres da vida real (trabalho, estudos, família...) não permitirem mais. O que é uma pena. Já vi muito blog promissor ser abandonado por pais ocupados demais...

Alguns recentes pensamentos insanos...(*)

- Porque as criaturas que mais adoram falar sentam do meu lado exatamente quando estou a fim de cochilar o caminho inteiro, na volta pra casa?

- Eu nunca vou conseguir ler tudo isso... Quando penso que estou perto da plenitude, vem essa bendita revista mostrar todo o horror da minha ignorância...buáááááá....

- Porque algumas pessoas tem compulsão por zapear??? Não sabem assistir a um programa de cada vez? E porque elas sempre mudam de canal na melhor parte?

- Será que o SBT não consegue nomes mais ridículos para as suas novelas? Quando eu achava que "Café com aroma de mulher" era o que de pior podia existir, me chega "Mariana da Noite". Arreeee!

- Quando será que vão inventar um remédio pra bronquite que não aumente o apetite? Ah, deixa pra lá...esta carne está tão boa...o mousse...e aquele doce está realmente me chamando...

- Nunca havia notado: a jornalista que apresenta o jornal da Record pisca compulsivamente. No mínimo, 1 piscadela por palavra dita.

- Porque o despertador já está tocando??? Eu acabei de pegar no sono!!!

(*)Publicado originalmente em 12/01/2006 em http://spaces.msn.com/members/alekcheephany

Quem avisa, amigo é... (*)

Responda rápido:

- Qual a causa para o aquecimento global?

Ah, espertinho...tá pensando que é por causa do efeito estufa, camada de ozônio e blá, blá, blá, blá, não é? Pois está perfeitamente enganado. Esta conversinha de professora de geografia de 5ª série não me engana mais.
A teoria mais acertada para tal acontecimento é a aproximação de Hercóbulus. Não sabe o que é isso? Pois bem, é um planeta vermelho (não confundir com Marte), que está em rota de colisão com a Terra. É 6 vezes maior que Júpiter. Ele é a causa das mudanças climáticas, catástrofes naturais e também dessa tua unha encravada.
E aí você vem perguntar: se conseguimos enxergar estrelas que estão a milhares de anos-luz do nosso planeta, como é que ainda não notamos a presença de tal planeta? A-ha! Os cientistas já sabem! Mas não espalham a novidade para que você, mero mortal, continue com sua insignificante existência normalmente.
Acha que eu surtei? Nananinanão! Baseei meu pensamento num livro antigo, escrito em 1927, por um homem que achou a luz em sua vida, o índio sul-americano V. M. Rabolu. O choque com a Terra vai acontecer em 2034. É, segundo os cálculos originais seria em 1994, mas como todo ser humano erra, as contas foram refeitas e a nova data para o fim do mundo, marcada. Para que todos fiquem sabendo de tais verdades, este livro custa R$3.50 e é largamente distribuído em bancas de jornais e redutos esotéricos.
Aqui em Maceió, esta novidade chegou recentemente e já é possível notar sua presença através dos cartazes espalhados por todo o centro da cidade. Com uma marca vermelha bem destacada: NÃO-FICÇÃO. Tá vendo como eu falo sério?
Pois bem, entre em comunhão com a consciência cósmica o mais rápido possível. Hercóbulus está chegando.

Mais informações em: http://www.hercolubus.com.br/

-------
Em tempo: estou com vontade de comprar este livro só pra dar umas gargalhadas. Como é possível que alguém possa ser enganado por tal baboseira? Porque um livro com tal conhecimento científico seria vendido a R$3,50 e nenhuma revista científica, nem as underground, propagaria esta novidade? Qualquer jornalista do mundo daria o braço direito (se fosse destro) ou o esquerdo (se fosse canhoto) pra conseguir tal furo de reportagem. E o pior: se é assim tão grande e perigoso, porque as informações sobre tal planeta só aparecem em fontes esotéricas e não de astronomia? Apenas para não assustar a população mundial? Eu, hein...tem doido pra tudo nesse mundo.

(*)Publicado originalmente em 30/08/2005 em http://spaces.msn.com/members/alekcheephany

Histórias da vida real II (*)

Prólogo

Aconteceu há alguns anos, mas nunca esqueci.Por um milagre do destino, estava eu num ônibus muito confortável e praticamente vazio, num agradável final de tarde(*). A mente já estava sem preocupações e eu já podia apreciar o pôr-do-sol tranqüilamente. Eis que o ônibus pára e sobe uma criança, um menino dos seus 7 ou 8 anos. Para as outras pessoas era apenas mais uma das que pedem esmolas nos coletivos. Para mim, era a criatura com os olhos mais puros e o sorriso mais doce que já vira.


O Encontro

Eis que ele senta do meu lado. E me pede dinheiro. Pergunto, com ar de riso, o que ele vai fazer com as moedas que eu der. "Vou comprar uma bola". Eu não acreditei muito na história, mas ele me prometeu que era isto que faria. De qualquer maneira, ele já havia conquistado mais um bolso. Entreguei-lhe algumas moedas, lembro que dei a metade do dinheiro que ele me disse faltar para comprar a tal bola.


Um pedido inesperado

Até aí, nada de muito especial. O que me fez gravar aquela tarde num quarto especial da memória foi o pedido seguinte:
"Me dá carinho..."
De início, eu não acreditei no que ouvia. E fiz o que sempre faço quando algo me surpreende: tive uma crise de riso. Ele repetiu o pedido. E desta vez não tive como negar: o pedido parecia extremamente sincero. As crianças pedintes não costumam dizer isto! Ninguém costuma dizer isto! Mas ele disse. E eu atendi o pedido. Acariciei o cabelo dele e ficamos conversando por mais alguns minutos.
Enquanto isto, as demais pessoas no ônibus olhavam para nós num misto de espanto, preocupação e divertimento. Algumas, com alma mais dura, me olhavam como se fosse louca: quem já viu tratar um pedinte daquele jeito? Outras, pensavam como iriam me defender no caso daquele "pivete" me assaltar. Confesso que isso até me passou pela cabeça. Mas só no início.
Alguns pontos depois, ele desceu. E eu continuei, ainda sem acreditar no que havia acontecido.


Depois da surpresa, as reflexões

Nesta tarde a lição não foi de igualdade social ou a tristeza da mendicância infantil. Fiquei pensando em como nós, seres humanos, somos feitos de uma matéria tão sensível. E em como nós nos esforçamos para esconder isto. Quantas vezes estamos a ponto de fazer pedidos pedidos semelhantes ao que ouvi aos que estão à nossa volta, mas não temos coragem.Quantas vezes nos impedimos um sorriso ou uma conversa com um desconhecido, porque estamos ocupados demais com nossa própria existência... E quantas tardes agradáveis deixam de se tornar especiais e inesquecíveis por causa disto.

Fim do episódio


-------------------
*Conversa com bêbados, senhoras de idade, galera "da pesada". Ônibus, pra mim, são fontes inesgotáveis de histórias. Também pudera, passo no mínimo 2 horas por dia dentro de algum deles. Considerando que quase nunca eles vêm vazios (em média, existem 50 pessoas lá dentro), e eu pego no mínimo 2 por dia, são 100 seres humanos com coisas pra contar. Nenhuma viagem de carro me daria tal diversidade :-)


(*)Publicado originalmente em 11/01/2006 em http://spaces.msn.com/members/alekcheephany

"Delicadeza"...que palavra sensível e frágil, não? (*)

Não confunda delicadeza com voz suave
Não confunda delicadeza com vestidos esvoaçantes e floridos
Não confunda delicadeza com ohos prontos para chorar

O que pode ser mais delicado do que uma rocha?
Seus átomos são tão dispersos quanto os de uma rosa.

A rocha não parece delicada para nós porque não se desmancha ao toque.
Não se desfaz ao sopro.
E o tempo a ela se curva.

Mas quem disse que ela não é delicada?
Aplique-lhe a força no ponto necessário e ela se desmanchará.
E mesmo que não se desmanche, isso não quer dizer que não tenha delicadeza.
Quer dizer apenas que não é a você que ela irá se submeter.
Quem sabe ao próximo...

Se até uma rocha pode ser delicada, porque insistimos em dizer que algumas pessoas não são?

(*)Publicado originalmente em 05/10/2005 em http://spaces.msn.com/members/alekcheephany