terça-feira, setembro 19, 2006

O último suspiro de um chuchu abandonado


Meu dia não foi inspirador.
Foi rotineiro, estranho, chato.
A começar por uma quedinha básica de pressão logo no comecinho do dia.
Depois, uma solidão diferente no escritório.
Mas, estando decidida a escrever, começo a vasculhar por um tema que me inspire.
Não demora muito e acho.
Desta vez o assunto é política.



Já dizem os sábios que política, religião e futebol não se discutem. Como eu não estou discutindo, apenas monologando, o farei com liberdade.
Nas últimas semanas, temos acompanhado investigações sobre a máfia das sanguessugas e das ambulâncias. Mas em algum momento, que não sei precisar qual, tudo isso virou coisa pouca comparado à "máfia" do PT. Deixou-se de ver que as acusações de corrupção vêm desde governos anteriores, com possível (possibilíssima) participação dos políticos tucanos para notar, apenas, que um dossiê foi "comprado" pelo PT.
Não estou dizendo que o PT e a Istoé não compraram. Pode ser que sim, pode ser que não. O problema é ver gente que está enrolada até o pescoço posando de vítima, dizendo que tudo não passa de armação eleitoreira para acabar com sua campanha. Como se a campanha presidencial já não estivesse decidida há tempos.
Isto me soa como uma tentativa desesperada de mudar uma eleição e uma pontuação estagnada por falta de carisma, proposta e apoio (é ridículo ver Serra dizendo que Alckmin é melhor para o Brasil. Sempre que vejo, completo mentalmente a fala dele: "Mas eu seria melhor, claro").
Revoltante.
Ridículo.
E ainda pedir que o caso seja investigado por um órgão isento. Como se a PF não fosse.

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