quinta-feira, novembro 30, 2006

Erro de redação!

Essa não dava pra deixar passar:




"Pé machucado", "Pé fraturado", "Pé engessado", qualquer coisa. Mas "avariado" NÃO!!! De acordo com o dicionário Houaiss a palavra até pode ser usada para dano em alguma parte do corpo, num sentido figurado. Mas que fica muito estranho, isso fica...E estranheza é tudo o que um redator jornalístico não quer em um texto.

De: O Jornal

Pensamentos vespertinos - Anos 60 e saudade


ZZZZZzzzZZZzzZZZ...
Que soninho...
Mas dormir bem (leia-se "10 horas sem interrupção") é uma coisa que só devo fazer no domingo, infelizmente.


Comecei a ajudar uma amiga do trabalho (Carol) com a Feira de Ciências da escola (fico me perguntando onde é que foram parar as Ciências quando o pessoal vai falar de Exército, Ibama e afins). O tema dela? Anos 60. É muita coisa. Guerra do Vietnã, golpe militar no Brasil, homem na Lua, minissaia, Beatles, Woodstock. Mas faremos o possível para montar uma equipe legal. As idéias que já tive para o trabalho dela eu não tive para mim mesma quando precisei (será que estou ficando mais criativa com o passar do tempo?)
E durante essa ajuda bateu uma saudade do Ensino Médio...fazer trabalhos, apresentar peças, longas tardes na biblioteca devorando tudo ou só batendo papo. Bons tempos...
Já agora, o que vejo é que em 2008 ficarão poucos amigos por perto. E começa a bater uma saudade antecipada. Existe coisa mais desconfortável do que ver todos seguindo um rumo e você...nada?

terça-feira, novembro 28, 2006

Hoje vai chover

A situação é esta: como resultado de uma queda que levei há aproximadamente dois meses, o maior dedo do meu pé direito está desprovido de unha, motivo pelo qual não vivo sem band-aid. É também por esta razão que estou sendo forçada a deixar de lado minhas paixões: tênis, all star, babuche - em resumo, qualquer calçado fechado. Até a unha se recompor (sendo otimista, uns dois meses) serei obrigada a andar de sandálias, rasteiras, havaianas e coisas do gênero - em resumo, qualquer calçado aberto. Tenho poucos deste tipo. Dentre estes, quase nenhum é utilizável para trabalhar. Resultado:



Salto alto em plena terça-feira. E é claro, as colegas do escritório não iam deixar esse milagre passar em branco. Especialmente quando se tem uma câmera digital à disposição.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Discordância absoluta!

Comentário da Glória Maria, apresentadora do Fantástico na edição de ontem, se dirigindo aos adolescentes que estão pendurados na escola, repletos de notas baixas:
"...o Brasil inteiro está torcendo por vocês..."

Brasil inteiro, vírgula!!!!!
Eu NÃO!
Não estou torcendo por uma galerinha que brincou o ano inteiro, zombou dos professores e dos pais e se comportou pior do que crianças. Quer dizer, não estou torcendo pela aprovação deles. Torço para que tenham noção da vida, aprendam o valor do conhecimento e tenham responsabilidade. Torço para que sejam adolescentes não no pior sentido do termo (bagunceiros, descompromissados, etc) e sim, no melhor (animados, revolucionários, repletos de energia). Se isso se refletir numa aprovação, melhor. Torço para que o jornalismo pare de destacar os maus exemplos e comece a bombardear os noticiários com bons exemplos: por que não mostrar aqueles já aprovados no 3º bimestre? Por que não associar aprovação-conhecimento, em vez de aprovação-farra?

Será que estou ficando paranóica demais?

Visita ao campo

Os últimos dias foram interessantes.Tive a oportunidade de entrar numa realidade completamente diferente da habitual. De conhecer um carinho e uma inocência que me fizeram chorar. De mudar, transformar, revolucionar. O chato de tudo isso é que encarar minha realidade de novo foi mais duro do que o normal.

Explico:

Apresento-lhes o Assentamento Jubileu 2000, pertencente ao município de São Miguel dos Milagres. Ele é composto por 42 famílias e existe há aproximadamente 1 ano e meio. Ali vivem famílias de trabalhadores sem-terra que ocuparam uma fazenda improdutiva e hoje cultivam abacaxi (delicioso!), mamão, maracujá, feijão e uma série de outros alimentos.

Fui lá a trabalho, na última sexta (24/11). E quanto mais convivo com gente diferente, mais me dou conta de como eu amo o ser humano e as coisas simples da vida. Tem idéia como é bom chupar abacaxi colhido da hora, descascado com faca peixeira, debaixo de uma árvore? É o que há de bom!
Melhor ainda é ter contato com a simplicidade do povo e vê-lo radiante com a situação atual, onde eles se sustentam e produzem para si, para vender e presentear , quando há algum tempo atrás (mal) sobreviviam do corte da cana em terra de usineiros. Isto é revolução, embora ainda haja muito por fazer.


Para quem não tem a experiência do campo, fica o registro de um momento especial: o bezerrinho da foto nasceu minutos antes de nós chegarmos no assentamento.

quinta-feira, novembro 23, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!



Hoje é um dia especial. Não só porque estou postando novamente após longos dias de sumiço, mas principalmente porque hoje o Mestre Pogobol está ficando mais velho!!!

  • Mestre Pogobol: Um cara que eu conheço há aproximadamente 7 anos. No início dos tempos éramos meio distantes, mas um certo curso técnico fez essa situação mudar: nos tornamos grandes amigos e hoje somos parte dos Internetmons. Um cidadão coruripense (leia-se, "de Coruripe") de marca maior, engraçado, amigo, dono de um "fuca" (leia-se "fusca") e um nariz de palhaço. Meu ex-companheiro de cantorias. Era (ou é) fã da Érika (ex-caloura do Raul Gil). Atualmente envereda pela área de Engenharia Civil, mas pode ser encontrado nas festas de Medicina. Não, não...acho que nestas ocasiões ele não quer ser encontrado...

Desejo que continue sempre essa criatura hilária, que esteja presente em nossas reuniões, que o Philos reconheça seu talento para vender ingressos, que passe em todos os cálculos da vida e, claro: felicidade, saúde, paz, sucesso e tudo aquilo que todo mundo sempre deseja nessas ocasiões. :-D

Mea culpa

Aos queridos leitores deste blog, que não cansaram de reclamar (via comentários e pessoalmente) do meu sumiço, aqui vai meu sincero pedido de desculpas. Sincero e justificável, haja vista o grande número de atividades desempenhadas nesse período, sem contar uma crise de bronquite que me fez passar todo o dia de ontem acamada. (chique, não?)
Pois bem, farei o que estiver ao meu alcance para que as aranhas não se proliferem por aqui. Mas se elas começarem a se reproduzir, favor não desistir: esta blogueira demora, mas sempre posta! :-D

sexta-feira, novembro 10, 2006

Fúria feminina (feminista?!)

Para as garotas: como foi sua infância? Brincou com bonetas, de casinha, surrupiou maquiagem da mãe? Se a resposta é sim, você é mais uma das que teve uma típica infância feminina.
Confesso que sempre fui atípica. Do alto da sabedoria de meus 8 anos, proclamei à família que brincar de boneca apenas ensinava a garota a ser mãe e que eu iria morar sozinha. Bem, 11 anos depois, ainda não moro sozinha, mas a minha opinião sobre as bonecas ainda é a mesma.
Pois bem, e como fico agora ao ver que as meninas desta geração passam mais tempo cuidado da aparência do que qualquer outra coisa? Revoltada é o mínimo.
Estas "bonequinhas" geralmente pertencem às classes média e alta, têm Gisele Bündchen como referência, se acham gordas e não vivem sem cabeleireiro e maquiagem.
E é claro, são aplaudidas por pais (que babam por sua princesinha) e mães (divididas entre a felicidade e o espanto de verem miniaturas tão perfeitas de mulheres adultas).
Imagino estas garotas no futuro. Aprenderão elas que a aparência não é tudo? Entrarão em crise quando perderem a juventude? Algum dia conseguirão enxergar algo além delas mesmas? Ganharão valores como solidariedade e amor ao próximo?
Acho que Simone de Beauvoir não previu isso. Queimar sutiãs em praça pública para que parcela da geração feminina seguinte ficasse idiotizada com sua própria imagem no espelho. Ô desperdício...

Frases filosóficas

"A integração é o poder da conquista" (by Luiz Sampaio)

Eu ainda não entendi. Mas é profundo, não é?

quinta-feira, novembro 09, 2006

Sabe aquela sensação de impaciência que nos acomete de vez em quando? Pois é...estou com ela agora.
Cada vez que faço minha ronda nos blogs e sites políticos sinto um comichão para escrever e voltar à área de Humanas. Pergunto: "Como acabou o escândalo Daslu?", "Por que a Veja ainda não foi processada pela série de calúnias e atrocidades cometidas cometidas durante a campanha eleitoral?", "Por que a Globo preferiu exibir fotos de dinheiro, em vez de falar do desastre com o avião da Gol?".
Pois é...questionamentos infinitos. Fico feliz por não ser a única a pensar nisto. Existe hoje toda uma rede de sites (blogs inclusive) dedicados ao tema. Torço para que em breve a maioria dos brasileiros tenha acesso à internet, não só para orkut e afins, mas como forma de obterem conhecimento precioso e escondido pela grande mídia. Como amante de tecnologia, acredito que ela possa realmente ser ferramenta de transformação social.
Para fechar, recomendo a leitura do artigo "Só as mães são sinceras", da revista Época. Ele traz um retrato bem diferente da maternidade idílica tão divulgada na sociedade. Vale uma reflexão: "o que é ser mãe?", "sentir perda de identidade ao ser mãe é sinal de egoísmo?", "como balancear carreira, vida amorosa, filhos, controle doméstico?", "qual a causa da imposição da maternidade?". Tenho grande interesse por tudo o que se relaciona à posição da mulher em sociedade e essa reportagem me fez "viajar" um bocado. Viaje também! :-)

quarta-feira, novembro 08, 2006

É pique, é pique, é hora, RÁ-TIM-BUM!


Hoje é dia de dar parabéns para dois amigos de SI que, infelizmente, não estudam mais comigo. São eles:
  • Latino (vulgo Allan): Um maluco, em resumo. Fã de números, engraçado, ótimo amigo. Já passou por fases ruins, mas parece que agora encontrou o caminho. Extremamente adaptável, a ponto de às vezes esquecer quem é. Quem nunca o viu dançando psy não pode considerar sua existência completa.
  • Cobol (vulgo João Rodrigo): Gente fina, fã de Ana Carolina, um tanto quanto distraído (não pense que esqueci as etiquetas dos óculos... :-D). Possui umas tiradas ótimas. Atualmente, no Corpo de Bombeiros. Achei que iria para o casamento dele ainda esse ano, mas parece que não é dessa vez que teremos uma festa de arromba no interior do estado. Paciência...

Não tenho mais o prazer de estudar na mesma turma que vocês, mas saibam que continuo torcendo para que consigam tudo o que desejam. De resto, saúde, amor, paz, viagens, baixo colesterol, longas noites de sono e afins :-)

terça-feira, novembro 07, 2006

FAQ - Internetmons

  • O que são os Internetmons? - Internetmons foi o nome adotado por um grupo de 4 amigos, que estudaram juntos no curso técnico de Informática, no Cefet, entre 2003 e 2004. São eles: Pink Potter (esta que vos fala), She-ra, Mestre Pogobol e Philos. Juntos, criaram um blog, o Mundo dos Internetmons (hospedado no weblogger, mas hoje desativado), como maneira de estarem informados sobre o mundo da tecnologia (já que teriam que postar sempre) e aprender noções de HTML.

  • De onde veio o nome "Internetmon"? - Este termo foi criado pelo PJ Pereira, um profissional de web, para nomear "monstrinhos" que povoam o mercado de internet (p. ex.: "Pulachu" é aquele tipo de profissional que não pára quieto, vive pulando de emprego em emprego em busca de um salário melhor, e se acha o máximo). A She-ra ouviu este termo num seminário de que participou e na hora de criar o blog, achou uma boa idéia pegar o termo emprestado e dar um novo sentido.

  • Qual a origem dos apelidos? - Responder esta é um pouco difícil e corro o risco de errar, mas vamos tentar:

    Pink Potter - "Pink" é a versão inglesa do meu verdadeiro nome e "Potter" vem do meu vício por Harry Potter
    Mestre Pogobol - o cara detentor desse apelido era mestre em "Bubble Volley", um joguinho de vôlei entre duas bolhas. Não sei porque cargas d'água começamos a chamar esse jogo de "pogobol". O caso é que o apelido ficou :)
    She-ra: este não tem qualquer explicação. Simplesmente o Mestre Pogobol achou que tinha que ser She-ra e nós concordamos.
    Philos: era o nick que o garoto utilizava no msn na época. Ele foi o último internetmon a se juntar à turma (é que no começo dos tempos ele não estudava conosco...) e no último post do finado blog, aparece como "em fase de avaliação" (eterna...)

  • Os internetmons ainda existem? - Os internetmons enquanto grupo de amigos continua existindo, apesar de termos passado quase 2 anos sem um encontro. A boa notícia é que essa tão aguardada reunião aconteceu no último dia 30/10 e pasmem! A amizade continua a mesma :-)

  • Se existem, onde estão eles? - Cada um foi para o seu canto. E esses cantos são tão distintos que para marcar uma reunião leva semanas, meses...Sou a única que continua na área de Informática, os outros deram uma mudada no rumo (só a She-ra que continua meio próxima, mas ainda assim, o negócio dela é design). Mas como gostar de informática não é pré-requisito para ser internetmon, continuamos com a identidade :-)

  • O que eu faço para ser um Internetmon? - A priori, somos um grupo fechado. Mas é claro que esta é uma situação perfeitamente negociável. Se você tem alguns parafusos a menos (mas não admite nem sob tortura), adora dar risada e não tem medo de odisséias (como andar na lama, lavar panelas queimadas, limpar melancias explosivas e afins) manda um email, deixa um coment. Quem sabe a gente não te convida para a próxima reunião?

Receita para felicidade: amigos - novos e antigos

Passei duas semanas numa efervescência de amizades. Encontrei gente pela net, conheci colegas em comum e, especialmente, revi amigos de longa data.
Os colegas em comum foram Kaká (gente finíssima, mestranda em Matemática) e Adelaílson (um professor de Cálculo decididamente não convencional), que tive o prazer de conhecer no meio de uma tapioca com a turma de SI e que acabaram me seqüestrando por tabela (o alvo era o Allyson). Abração para eles!
A efervescência não parou por aí. Tive o prazer de ir ao Erecomp (Encontro Regional dos Estudantes de Computação), em Campina Grande, cercada por uma galera que em 12 horas passou de desconhecida a amiga. *Mais detalhes em breve*
Os amigos de longa data são os Internetmons.
Não sabe quem são os internetmons?
Que pena...Explico:

...

Hum...acho que os Internetmons merecem um post à parte.


Sobre o Erecomp: estamos estudando uma parceria entre Parlatorium e TacaCoisa, para publicação de posts em conjunto. Aguardem notícias :-)

A pior mentira é aquela que se conta a si mesmo


Quem sabe - Los Hermanos


Quem sabe o que é ter e perder alguém
Quem sabe o que é ter e perder alguém

Quem sabe o que é ter e perder alguém
Sente a dor que senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir

Faz tanta falta o teu amor
Te esperar
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser
Assim

Quem sabe o que é ter sem querer pra si
Não quer ver outro em mim
Não fala do que eu deveria ser
Pra ser alguém mais feliz

Faz tanta falta o teu amor
Te esperar
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser
Assim


Música implorada no show de 29/01, mas que só foi cantada em 28/11, deixando fãs (inclusive eu) histéricos. Sinto que logo chegará o tempo em que tudo o que restará é a saudade do que poderia ter sido e não foi.
Tenho o pressentimento de que demorará muito até One last cry...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Indiferença. Individual. Quanta Idiotice!



Lula reeleito.
E uma miscelânea de pensamentos que só vão ganhar nexo quando eu puser no papel (ou no blogger).
Aviso de antemão que não faço idéia do que vai sair.
Você lê se quiser.


Estes últimos tempo tenho sentido como nunca as contradições de minha natureza sagitariana. Enquanto faço verdadeiro esforço para me auto-estimular e conseguir concluir o curso, reflito sobre as condições da natureza humana. É dispensável dizer que a vida prática ultimamente tem me tomado bem mais tempo, é só ver o tempo que passei sem postar por aqui. E não foi por falta
de idéia.
Bom, o cenário é a noite do último domingo, segundo turno. Tinha eu voltado para casa depois de ir às urnas e lá pelas 9 e meia da noite, quando já se tinha certeza (dessa vez absoluta) do resultado da eleição, mudei da Band para assistir o quadro "Ser ou não ser" no Fantástico. O resultado? Uma verdadeira tempestade mental.

Frase: "A indiferença é a banalização do mal".

Perfeita, não?
Eu achei.
E achei, porque ela resume toda a minha indignação com a situação atual.
Vivemos anestesiados, embriagados. Foi-se o tempo em que se dizia "Roubaram você? Que horror!!!!". Hoje se diz "Graças a Deus, pelo menos você está bem". Bem?!?!
E a indiferença vai bem mais além.
Na série, ela citou 3 indiferenças: a da elite pelos excluídos, dos excluídos pela elite, e da elite consigo mesma. Explico:

  • Elite pelos excluídos: faz com que as elites enxerguem os excluídos como "coisa" e não como seres humanos. Para mim, essa indiferença ficou implícita (e às vezes, explícita) nas falas de diversos "comentaristas" ao longo da campanha, que insistiam em dizer que o voto do povo estava errado, que o brasileiro é burro e não sabe votar. Tudo isso simplesmente porque
    as classes C e D resolveram votar por elas mesmas. E não pelas outras.
  • Excluídos pela elite: faz com que os pobres vejam a elite como inimigo a ser comabtido e contra o qual se pode fazer tudo, esquecendo-se do fato de que (apesar de tudo) merecem o respeito que deve ser concedido a qualquer ser humano. Esta indiferença justifica, por exemplo, o assassinato para roubar um tênis Nike.
  • Elite pela elite: faz com que a elite não queira enxergar a si mesma e queira viver sempre anestesiada. Daí uma venda tão grande de tranqüilizantes entre a classe, por exemplo.

(Esta última indiferença me levou a outra linha de raciocínio: o que há de verdadeiro, ou correto, na anestesia dos sentimentos? Porque sempre dizemos a alguém que chora: "tenha calma", "anime-se" e não permitimos que a dor tenha sua vazão? Lembro um trecho de Cazuza: "você sonhava acordada com um jeito de não sentir dor, prendia o choro...")

O caso é que depois de ver tudo isso tão estampado, fiquei com a sensação de que não estou fazendo nada para mudar. Vivemos numa sociedade injusta e individualista. Não fiquei surpresa ao saber que a solidariedade entre os jovens anda baixa. Não que os jovens não sejam solidários. Eles são. Mas com os semelhantes. O diferente não é semelhante. Logo, semelhantes são só aqueles que compartilham de nosso meio social, de nossas opiniões. A esses eu devo solidariedade. Ao resto, não.
E porque não faço nada? Porque só cuidar de mim mesma já toma tempo demais. E por que tanto tempo dedicado a si?

Porque vivemos numa sociedade individualista e injusta.